segunda-feira, 8 de março de 2010

O homossexual mentiroso ou vice versa

Olá outra vez,

Eu bem tento andar minimamente informado e por outro lado não me deixar levar por tudo o que me vão dizendo ou fazendo crer. Tenho de manter a mente aberta pois tenho filhos novos. Mas... esta coisa dos casamentos gays ou homossexuais ou entre pessoas do mesmo sexo, enfim... este assunto que tem tido tanta cobertura mediática!...
Preciso desde já informar-te que eu sou heterosexual. Porque é que to digo assim desta maneira? Porque me apetece dizer-to. Sou assim. Sou homem e gosto de mulheres. Atenção, gosto de uma de cada vez. Isto anda tudo maluco e se eu te venho falar deste assunto, pelos vistos tão delicado, convém à partida dar-te a conhecer as minhas preferencias sexuais ou lá o que isso queira dizer ou mesmo o que te possa ou não importar. Lembro-me de ter ficado admirado quando há uns anitos o João Soares, então presidente da câmara de Lisboa ter proposto a nossa cidade de Lisboa para capital mundial do turismo gay. Pelo amor de Deus. Esta nossa mania de nos pormos sempre à frente do que quer que seja e julgarmos que somos mesmo os maiores. Também me lembro quando fizeram uma passagem de peões sobre a segunda circular ao pé do Estádio do Benfica e o Correio da Manhã ter noticiado como sendo a maior passagem de peões da Europa. Valha-me Deus outra vez. Há mesmo pessoas muito pequenas neste nosso pequeno país ou estado europeu, sei lá. Adiante. Voltemos à questão do casamento gay, homosexual ou entre pessoas do mesmo sexo. Tanta polémica. Tanto lobbie. Tanta notícia. Tanta especulação. Tanta mentira. Eu pessoalmente acho que para se ser gay, homosexual ou o que quer que seja tem de se ser mentiroso. É uma condição. Senão vejamos.
Imaginemos que eu sou gay. Que gosto do Jorge por exemplo. Eu o normal anormal adoro o Jorge... enfim, suponhamos, atenção! Ora agora imaginemos que eu saio do meu local de trabalho e tenho o Jorge à porta do meu local de trabalho à minha espera. De bigode, fortalhaço e todo giraço e eu, mesmo à porta do meu local de trabalho, espeto-lhe um beijo na boca, dou-lhe a mão e vou com ele todo pimpão almoçar ao restaurante do outro lado da rua. Discutimos a refeição que vamos comer à frente do empregado, comemos, hoje pago eu, adoro-te, dou-lhe umas festinhas na cara com a barba de dois dias, pucho-lhe o bigode, sorriu-lhe, atiro-lhe uns beijinhos e saímos do restaurante repleto de bandeiras do benfica e do porto e dizeres do género aqui não se fia e essas coisas. De seguida e porque ainda me restam uns minutos antes de ir trabalhar vamos passear para o jardim ali ao pé e sentados no banco do jardim falamos sobre coisas do dia a dia. Chega a hora de voltar para o trabalho, ele acompanha-me até à porta e despedimo-nos com um beijo apaixonado. Bigode contra barba de dois dias, essas coias que não me apetece imaginar mais e muito menos descrever. Já te disse que o meu local de trabalho é... por exemplo a fábrica de cabos eléctricos para automoveis ou das farinhas Triunfo. Sei lá, imagina assim uma coisa dessas. Ora bem. O que é que achas que me podia acontecer? Nada claro. Não me acontecia nada. Nadinha. Na sociedade portuguesa este tipo de situação é perfeitamente vulgar. É o que mais para aí há é casais gays, homosexuais, do mesmo sexo a conviverem livremente como se fosse uma coisa normal. Claro que não! A nossa sociedade, e não me refiro à portuguesa mas sim à sociedade ocidental está assente no pressuposto que um casal compreende um homem e uma mulher. Por mais que os orgãos de opinião pública queiram fazer crer o contrário ou outra coisa (vá-se lá saber porque é que esses orgãos estão sempre a fazer coberturas sobre o assunto) o facto é que as coisas são como são. Mesmo que a igreja tenha casos de pedófilia (que não tem nada a ver com este assunto) mesmo que a Casa Pia não se resolva (e também não tem nada que ver com este assunto) mesmo que se especule que metade dos deputados da assembleia sejam gays, homosexuais ou o que quer que seja a verdade é que a nossa sociedade não é nem será tão cedo assim. Aberta a estas modernices de casais do mesmo sexo.
E agora o que eu penso mesmo: ó pá desde que um tipo ou uma mulher não vá para frente do parlamento dizer que se quer casar com um elefante, por exemplo, ou uma ovelha, ou um sapo, sei lá. Estás-te a rir? Eu há gente para tudo, pá. Cá por mim porque é que não se hão-de poder casar? Isto é que me intriga. Quem é que tem poder para dizer se eu e o Jorge (tomando como exemplo fictício) não nos podemos casar? Essa é boa!? Ai é por causa da igreja! Ó pá não me lixem. A igreja? Olha que rico exemplo. Nem me vou debruçar sobre ele. Só de pensar que Jesus andou metade da vida só com os amiguinhos dele e de mão dada. Todos de barba e de mão dada. Ora bolas. Dizem, não sei. Dizem que teve um filho de uma prostituta. Reparem, a mãe do Jesus diz de pariu um filho dum espírito, o que faz do José carpinteiro (o pai) o quê? Pai adoptivo? Padrasto? E depois para mal dos pecados do José, o filho, Jesus só se dá com homens e a ter um filho cre-se que é de uma menina duvidosa tatuada dos pés à cabeça? Ai é por causa da questão legal. Qual questão legal? Mas qual questão legal? Ainda que me dissessem que era porque depois íam adoptar crianças e era uma confusão lá na escola quando perguntassem o nome da mãe e do pai, que é normal perguntarem. Enfim... pôe-te no lugar da criança. Já por ser cheinho é logo apelidado de gordo, ou por ser baixote é rodinhas, ou por ter uns dentes grandes é favolas, imagina se tinha dois pais ou duas mães.
Repara, eu pessoalmente não me interessa absolutamente nada quem pretenda optar por esse tipo de situação, mas se o meu filho com oito anos resolve (e ele é uma pessoa muito bem educada e não esperaria que fizesse isso) resolvesse gozar com um colega por esse motivo, eu era o que mais me faltava ser chamado à escola porque a professora me ía chamar a atenção por causa do meu filho ter dito o que quer que fosse sobre o colega. Que culpa é que os míudos têm de ter nascido nesta sociedade. Se o outro não tem culpa de ter dois pais homens o meu também não tem culpa de ficar cismado com tal situação. Talvez chegue mesmo a pensar: coitado, não tem mãe? ou vice versa. Haja respeito.
As pessoas que se casem como muito bem entenderem e com quem quer que amem. Ninguém tem nada a ver com isso. Nem eu. Era o que mais me faltava. Eu quero lá saber. Os meus amigos ou amigas já chega de se colocarem nessa situação de vítimas do sistema. É que eu não tenho nada a ver com isso. Não tenho mesmo. E julgo não estar só. Ainda se chateiam com o Saramago por ter chamado filho da p... a deus. Pois eu também chamo! De resto nunca me ocorreu que Deus fosse filho de alguém, não é? Quando muito ele é... pai?... mãe? criador? de todos nós. Agora quem é que o fez? Sei lá. Tu sabes? Se calhar foram dois Jorges que o adoptaram. Ou duas Marias que combinaram ficar uma delas grávidas por inseminação artificial para terem um filho especial educado por duas mulheres. Bolas. E depois saiu-lhes Deus.

Tanta coisa para discutirem na Assembleia... tanta. Mas tanta.

Beijinhos e essas coisas,

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