Há tempos vi a Merkel na
televisão, sem mala, ela é daquelas mulheres que deita por terra a teoria de
que só na televisão é que as mulheres não usam mala. Não me recordo de a ver de
mala como é normal as mulheres usarem. E vi-a aos pulinhos toda contente depois
da Alemanha, no campeonato europeu de futebol, ter ganho. De repente aquela
mulher de quem se fazem as mais justas caricaturas tal é a peculiaridade física
e até de atitude, de repente mostra como se diverte sendo que os políticos não
se sabem divertir, à exceção talvez do Alberto João que no Carnaval mostra como
se gosta de divertir no meio das massas. Pois a Merkel à imagem da maioria dos
alemães tem uma maneira de se divertir que nós os portugueses dificilmente
entendemos, a não ser a classe política que consegue interpretar nos mais
subtis gestos o que lhe vai na cabeça, independentemente da maneira como ela se
regozija com a vitória da Alemanha.
Tenho página no Facebook e
tem sido através dessa extraordinária nova maneira de estar no mundo que me
tenho apercebido da falta de informação que nós portugueses temos da Alemanha e
do que de facto se lá passa. Somos assim, pequeninos. E como aquilo é para lá
de Espanha as pessoas vulgares não se preocupam. Por outro lado deve haver
poucos jornalistas portugueses que falem alemão, resultando assim numa falha
grave da informação que realmente deviam ter da Alemanha. Será? Desta vez a
Alemanha e mais uma vez voltou a perder com a Itália. Aquilo já se tornou um
pesadelo nacional para os alemães. Eles “já sabem” de antemão que vão perder
com a Itália. Eles sentem isso. É um sofrimento. Mas eles não desistem, são
persistentes, lutam até à última, tal como nós. Não sei se a Merkel estava a
ver o jogo em que a Alemanha perdeu com a Itália, mas se não estava é natural.
Se conhecermos bem os alemães seria previsível que ela não arriscasse chorar em
público (pouco plausível).
A Merkel é originária da
antiga Alemanha de leste, ou Alemanha Oriental. A Merkel tal como os alemães
dali é racista, não se sabe divertir como nós, nem tão pouco sei se já terá ido
alguma vez à praia dar uns mergulhos, agora que penso nisso… credo, enfim há
gostos para tudo, deus me perdoe. Os Alemães perderam com a Itália e quem
marcou os dois golos foi um africano. A história não deixa de ser curiosa já que
o Hitler, nem de propósito que anda para aí uma paranoia sobre a Alemanha e o
medo de uma propensão para os extremismos, também levou uma “trepa” de um
afro-americano nos jogos Olímpicos. Ninguém gosta de perder e os alemães também
não. E a Merkel não gosta de perder e tem o apoio de todos os alemães, só que
ela é dali daquela parte da Alemanha onde não há africanos. Por outro lado é relevante
pensar-se que a segunda cidade com mais turcos no mundo é Berlim. E a coisa é
de tal maneira abissal que pelo facto de haver tantos turcos nascidos já na
Alemanha a estatura média na Alemanha ao contrário de continuar a crescer até
diminuiu. A sério! Por causa dos turcos os alemães estão mais baixos.
Se há razões para haver
algum tipo de receio é óbvio. Putin não gosta do Ocidente, é natural e
compreensível e eu estou convicto que não obstante os russos não falarem com os
alemães, se for necessário eles aliam-se de um pé para a mão. Não podemos nunca
não tentar entender os alemães. Será um erro crasso e de uma infantilidade
extrema. Neste momento estamos perante duas europas, a dos que emprestam e a
dos que pedem. Ainda não percebi como é que uns têm euros para emprestar e
outros têm de pedir euros emprestados, afinal de contas não era suposto ser uma
europa comunitária? Enfim, os norte americanos têm dado tiros nos pés uns atrás
dos outros. E claro, tem sobrado para os europeus.
Pensar-se que foi bom os
alemães terem perdido com a Itália é um erro crasso. Os alemães nunca perdem.
Aos alemães passa-lhes rápido a derrota para dar lugar a um orgulho desmedido
que lhes dá força para continuarem a trabalhar e a produzir automóveis mesmo
que não os estejam a vender à velocidade que os fabricam. Vai ser giro vai!
Vamos ver…
Beijinhos,