tag:blogger.com,1999:blog-84957563431470320362024-03-12T21:49:03.514-07:00o normal anormalo normal anormalhttp://www.blogger.com/profile/17590934519225789300noreply@blogger.comBlogger89125tag:blogger.com,1999:blog-8495756343147032036.post-31841647181878832892014-07-13T03:56:00.001-07:002014-07-13T03:56:05.069-07:00O meu vizinho Bruce<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Há tempos, parei de
escrever. Talvez porque precisasse de ter saudades de escrever. Ajuda-me a
ponderar sobre as coisas. Ao escrever os pensamentos são forçados a
organizar-se, pois a escrita não consegue acompanhar os pensamentos. Pelo menos
eu. Falta de motivos não terá sido com toda a certeza, vivemos momentos
extraordinários, e todos os dias somos violentados com informação sobre
assuntos que nem imaginávamos que existiam e ainda opinamos, não deixa de ser
curioso. Tenho-me sentido nessa pele, ou, tenho tido consciência de que ela
está sempre presente e que me quer sufocar. É uma luta diária para não comprar
o que nos querem vender, sejam produtos, ideias, modas, etc, etc, etc…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Daí que me tenho
enclausurado num mundo que preparei para o que sabia que aí vinha, e sendo eu
como sou, sabia que ia sofrer as consequências das minhas escolhas, e tenho
sofrido, e ainda bem, prefiro assim. É uma questão de “coluna vertebral”
chamemos-lhe assim. Ou se tem ou não se tem e cada um sabe da sua, mas o facto
é que se nota, sente-se, e por vezes, muito poucas, sejamos justos, concluímos que
tínhamos razão, estamos a ser governados por pessoas malévolas, venenosas, esquizofrénicas
e mentalmente doentes, e quando a cúpula é assim, o que daí para baixo vem não
há-de ser melhor, antes pelo contrário. E sejamos honestos, não sendo
transversal à sociedade portuguesa, não deixa de estar imensamente ramificada,
acabando por nos tocar a todos de uma ou de outra forma. Foi a ganância que nos
levou onde chegámos recentemente. O bolo-rei comido à dentada frente à
televisão talvez para fazer passar a mensagem que que o que era preciso era
encher a boca e pronto. Agora até a Merkel vem dar bitaites sobre o BES. Ao que
chegámos de atraso em todas as frentes. Aliás, este Cavaco Silva foi das piores
coisas que nos podia ter acontecido, mas é o que é e não deixa de ser o reflexo
de alguns, não da maioria. De todo!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpBjXow1C0iSP1Z4zvQ9QiComDm-5jpJYB7qq0qnLn3fXQKu2xOF2_KK9FgQiNpHx7LtrGtOfu0x9Nh9JFZZFrJ7TbspsPHzU2G2ubCcEvGOi6AMD6inwgMSkfrn2vlCc3Wt7SzV_EHmBi/s1600/Fotografia1943.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpBjXow1C0iSP1Z4zvQ9QiComDm-5jpJYB7qq0qnLn3fXQKu2xOF2_KK9FgQiNpHx7LtrGtOfu0x9Nh9JFZZFrJ7TbspsPHzU2G2ubCcEvGOi6AMD6inwgMSkfrn2vlCc3Wt7SzV_EHmBi/s1600/Fotografia1943.jpg" height="320" width="230" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Não menos importante, se
pensarmos bem é o facto de eu ter um vizinho no andar de cima chamado Bruce. Um
pacato, não se dá por ele. Está quase sempre à janela, às vezes uiva quando vê
um coelho ou uma perdiz no monte, mas por que o dono está a trabalhar fora,
ficou ele sozinho na casa. E quando digo sozinho é mesmo isso. Vai lá uma
pessoa todos os dias tratar dele, mas o facto é que de há meses para cá o
ritual mantem-se podendo afirmar-se que quem mora lá é um cão. E é! Tenho pena
que ele não fale… ou não. Talvez seja essa a ideia, ter por companhia um
vizinho que me observa diariamente e nada me diz. Se faço bem ou mal. Nada. Nem
uma crítica ou comentário. Está ali, no alto, a observar. E é enorme, um Rottweiler,
mas nem se dá por ele. Quer dizer eu já dou. Sempre que vou lá fora olho para
cima e às vezes lá está ele, outras não. É conforme lhe apetece. Ele olha para
mim, como eu olho para as formigas, de cima, sempre. Seria interessante saber o
que ele pensa das minhas alfaces, da minha couve e dos meus tomates cherry. O
que é que ele pensa dos meus filhos, dos meus amigos e acima de tudo, o que é
que ele pensa de mim. Mas não. É um cão, não fala, nem por gestos. Às vezes
ladra, mas é tão raro que é como a trovoada, é só muito raramente. O que é que
as formigas pensarão de mim?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">É curiosa a vida. Eu gosto
de pensar que nas infinitas possibilidades de eu poder existir ou não, coube-me
em sorte a existência neste meu corpo que se vai conservando em condições não
obstante o mal que lhe fiz na juventude. Hoje felizmente, a idade ajuda-nos,
mudei radicalmente. Estou mais consciente de estar vivo. E cada dia, por causa
disso tem-se tornado maior. As pequenas coisas também são importantes, e para
elas é preciso ainda mais tempo, que é coisa que parece que não temos mas é uma
ilusão. Nós temos todo o tempo que quisermos. É a verdadeira consciência dele
que nos permite entender a nossa singularidade – somos nada na grandeza do
universo, e no entanto há por aí cada ser humano mais imprestável! Enfim… é
como as ervas daninhas e os sinais na pele - fazem parte do todo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Beijinhos.<span style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></div>
o normal anormalhttp://www.blogger.com/profile/17590934519225789300noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8495756343147032036.post-80565751250744781742013-10-09T08:46:00.000-07:002013-10-10T06:23:27.831-07:00O masoquista<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Há tempos a minha mãe que
tem 70 anos e não obstante ser professora de Tai Chi Chuan, praticar ioga e até
dançar tango, pasme-se, deu uma topada na canela, mesmo por cima do osso onde a
pele é fininha, e ao chegar a minha casa mostrou-me com alguma preocupação a
ferida já com três dias. De facto aquilo estava com um aspeto pouco normal, e
sendo eu leigo na matéria e depois das tentativas goradas que ela levou a cabo para tratar com própolis e outros desinfetantes naturais o facto é que a ferida era grande
e estava nitidamente infetada, demonstrando a violência da cacetada. Mas ela não se queixa, antes pelo contrário, que a minha mãe sendo pequena e leve é também uma
espécie de formiguinha que nunca está quieta. Depois da minha humilde análise
achei que seria melhor irmos à Clinica do Parque dos Poetas, que aquilo
pertence ao BES e de certeza que tratam dela. “Não se esqueça do cartão
Multicare!”, lembrei antes de irmos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">À saída e já cá fora a minha
mãe comentou “Achas possível que a senhora que está no balcão possa ser a
técnica de limpeza? Aquilo não são maneiras de atender uma pessoa.” Mal a
mulher começou a fazer perguntas eu vim para a rua pensar numa alternativa. O
“sistema” está tão obsoleto e organizado de tal modo que as pessoas são números,
garantias bancárias ou de investimento. A minha mãe foi confrontada com uma
espécie de muro de Berlim que divide a sociedade em dois, e conforme a perspetiva,
cada um enquadra-se conforme tem mais ou menos capacidade ou falta dela para
agir de acordo com as normas estabelecidas. Já não é uma mera questão de ter ou não ter dinheiro, mas antes uma questão de bom senso. Quando me ponho a analisar
receio ser masoquista a julgar pelos recentes comentários do Exmo Sr.
Presidente da República Portuguesa. Adiante…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_Hd8bxEPNbIQCdgQOhEuh9iZY4H6NV350yaEqW4xacOYCZfQ9mbvozB4EQUGOfe_ZMzlz7PgxjNNWIyiWSHKcs7g_MVGLTZn-27vPoeWE8E3LW6tzzdY2p4Pjtmv2asBIaQKiRAFWLkK1/s1600/pipi+001.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_Hd8bxEPNbIQCdgQOhEuh9iZY4H6NV350yaEqW4xacOYCZfQ9mbvozB4EQUGOfe_ZMzlz7PgxjNNWIyiWSHKcs7g_MVGLTZn-27vPoeWE8E3LW6tzzdY2p4Pjtmv2asBIaQKiRAFWLkK1/s320/pipi+001.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Fomos então ao centro de
enfermagem de Oeiras onde trabalha o enfermeiro Castro, que já tinha tratado o
meu filho por ocasião de um dedo entalado na perna de recolher da cama de
dormir. Um acontecimento que nenhum pai gosta de ver. Nessa altura e já em
desespero foi o empregado da Farmácia que me indicou o dito enfermeiro Castro -
um verdadeiro milagre, depois de me informarem no Centro de Saúde de Paço de
Arcos que por motivos de morada não podem tratar de uma unha caída num dedo violentamente entalado de um miúdo de
11 anos. Mas pelos vistos há esperança, pessoas anónimas como o Sr. Castro mantêm uma estrutura
paralela a funcionar que é uma luz de esperança contra o que parece ser uma epidemia de loucura transversal à sociedade. São organismos quase clandestinos e imunes a esquemas partidários ou de
mercado e são uma resposta inteligente, prática e razoável às solicitações das
pessoas comuns no seu dia-a-dia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Por outro lado e num plano
mais prático podiam trocar o Centro de Enfermagem pela Clinica do Parque dos
Poetas. O enfermeiro Castro pela outra senhora e ficavam todos a ganhar, até o
BES. Os que representam e defendem os mercados são perigosamente estúpidos e
obtusos, não querendo dizer com isto que tenham falta de inteligência, antes
pelo contrário que até inventaram uma ferramenta que lhes garante essa
liberdade de movimentos – um elevadíssimo QI, seja lá o que isso possa
significar. No caso do Exmo. Sr. Presidente da República, por exemplo e que até já foi professor e
representa e muito bem o pensamento académico vigente, de seres humanos
formatados para verem a vida contada em números, é óbvio que os analistas
portugueses são masoquistas. Nada é eterno e estamos a presenciar uma revolução
mundial. Vamos ver, vai ser extraordinário! De certezinha que o que resultar de
tudo o que estamos a viver vai ser melhor do que o é agora. É sempre assim…
Sempre! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Mesmo que a Exma esposa do
Exmo Sr. Presidente da República ache que o vestido da Joana Vasconcelos seja
muito interessante, eu também acho que eles os três são desprovidos que
qualquer tipo de inteligência que não seja de facto o QI. Só pode!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Beijinhos<span style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></div>
o normal anormalhttp://www.blogger.com/profile/17590934519225789300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8495756343147032036.post-92135175383502939212013-09-24T05:21:00.000-07:002013-09-24T05:21:44.273-07:00Meio vazio ou meio cheio<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Há tempos li algures que a
verdade é aquilo que o maior número de pessoas acredita. De repente algumas
coisas que vou guardando na memória pareceram arrumar-se e algumas começaram a
fazer algum sentido. Veja-se este exemplo prático, redes sociais, algo extraordinário
que nos permite partilhar o que quer que seja, que nos permite ver e ouvir e
ler o que quer que seja, como por exemplo o caso do Carlos Cruz, o pedófilo.
Garanto-vos que é pedófilo pois foi o que a Justiça afirmou ao condená-lo
publicamente enviando-o (pelo próprio pé, não deixa de ser curioso) para o
Estabelecimento Prisional de Caxias. Vejamos, o Carlos Cruz é sobejamente
conhecido da população portuguesa e no entanto foram necessários anos, foram
necessárias folhas e folhas e mais folhas de papéis que diziam imensas coisas.
Foram necessárias pessoas, recursos humanos, tempo, dinheiro, mais tempo até
que a Justiça chegasse à conclusão de que o homem é de facto culpado. O homem
mais conhecido da televisão portuguesa. Durante anos e ao que a Justiça apurou
esteve envolvido numa rede que usava crianças da Casa Pia para orgias sexuais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Neste espaço temporal em que
o Carlos é apanhado, após décadas de impunidade e finalmente, porque uma
jornalista assim o quis, até parece que o problema da pedofilia em Portugal
deixou de existir. Mas afinal e pela experiência por que passei, não! Afinal a
pedofilia existe e está de boa saúde e recomenda-se. E como é que eu sei isto?
Simples. Estava a trabalhar e tenho sempre as redes sociais que me apetece
abertas, e dou de caras com uma informação que pede urgentemente que eu
partilhe algo sinistro - uma entidade que se identifica como sendo um tipo que
pela foto diz que gosta de meninas e meninos muito novinhos. Aparece a foto
dele e depois no seu histórico muitas fotos de crianças com comentários do
género, “esta é mesmo boa” e outros que tais. Ora, eu que sou pai até neste
momento que estou a escrever isto me apercebo do tamanho da raiva que se
apodera de mim. É horrível! E no entanto… aquilo foi uma espécie de mensagem
virulenta. De repente um inúmero grupo de pessoas começou a pedir que se
fizesse alguma coisa. De repente começaram a aparecer pessoas que diziam que já
tinham reportado à polícia. De repente todas as pessoas começaram a dizer que
aquele fulano tinha de ser imediatamente parado e que por favor partilhem com
urgência. Não me admiraria que aparecesse nas notícias e tivesse um final
feliz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyzlfjRZRLRF7QmMLosOTBGDmwG3_wlrGSDIkOc7OPRFedYc9GGr7maDt_z6otXoVtJepD1wEE5CfKWbNgStCf_OK2R9BRSUAQ9qhOvah7Lu-P2L3_t_173lJ2b-SrMyxRI0zRFvJJkXsk/s1600/Meio+vazio+ou+meio+cheio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="315" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyzlfjRZRLRF7QmMLosOTBGDmwG3_wlrGSDIkOc7OPRFedYc9GGr7maDt_z6otXoVtJepD1wEE5CfKWbNgStCf_OK2R9BRSUAQ9qhOvah7Lu-P2L3_t_173lJ2b-SrMyxRI0zRFvJJkXsk/s320/Meio+vazio+ou+meio+cheio.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Agora o final feliz é, e a
não ser que eu esteja mesmo a ficar doido, e a minha mãe também, que coitada me
vai escutando e não obstante diz-me que não, que eu não estou doido, também
talvez ela esteja doida e portanto um doido não pode dizer a outro doido que
não está doido… e vice-versa… ou, se calhar… como é que um tipo sozinho sabe
que está doido? Têm de haver duas pessoas certo? A sério, imaginemos duas
pessoas e uma diz para a outra “És maluco”, nós estando de fora pensamos o quê?
Eu penso logo que alguma coisa ali não está bem, mas de facto há pessoas que
pensam outras coisas. Extraordinárias!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Neste caso a rede social
funcionou na perfeição e pelos vistos as pessoas estão a aderir no sentido de
tentar apanhar o culpado da divulgação das fotos, que pela vontade que
observei, se o apanham é bem provável que tenham de o defender da populaça. A
não ser que, e foi o que eu sugeri, aquilo talvez não fosse realidade, que se
calhar a entidade não era o tipo que aparece identificado na foto, se calhar é
a foto de alguém que fez mal à namorada e agora está a sofrer as consequências
de uma mulher despeitada que perdendo a noção da própria vida, tira um curso de
informática nas Novas Oportunidades, promovido pelo Sócrates, e consegue
manipular com os poucos conhecimentos que tem, a rede social de tal modo que
colando fotos daqui e dali, com comentários obscenos, está a preparar a caminha
ao desgraçado que nem sonha o que lhe vai acontecer. Eu acredito mais nesta
história, mas claro, a maioria optou por acreditar sem qualquer sombra de
dúvida que aquela entidade, aquela foto de um tipo é que deve ser cruxificado
imediatamente. Eu entretanto, baniram-me. Apagaram-me. Talvez tivessem pensado
que eu estava a defender a entidade, sei lá. Vim sozinho para casa, não faz
mal, começo a estar habituado. Mas o curioso é que no caso do Carlos Cruz, eu
que me fartei de lembrar os meus amigos que ele ainda andava por aí a passear e
nunca mais ia preso, a dada altura comentaram “Olha lá, mas tu não falas de
outra coisa? É só Carlos Cruz, Carlos Cruz, até já chateia!”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Sendo a liberdade um
conceito utópico, eu falo e escrevo quando me apetecer e o que me apetecer.
Sempre e até morrer! Até por causa dos meus filhos...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Beijinhos<span style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></div>
o normal anormalhttp://www.blogger.com/profile/17590934519225789300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8495756343147032036.post-443446937072733992013-09-12T07:42:00.000-07:002013-09-12T07:42:01.942-07:00O pombo da paz<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 115%;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;">Há tempos nasceu um pombo na
varanda da casa à qual chamo escritório para dar um ar profissional à coisa
pois de facto é a casa da minha mãe. Talvez tivesse que ser assim, talvez a
pomba que lá foi colocar o ovo tenha reparado na minha mãe e no tempo que dedica
às plantas que tem na varanda. A idade é um processo dinâmico, resultado do
acumular de experiências e conhecimento, e a minha mãe é de facto uma pessoa
com experiência, e a pomba que não obstante aparentar ser um animal
extremamente estúpido, revelou uma inteligência extraordinária ou, num
pensamento darwinista, uma estratégia baseada num instinto básico de
sobrevivência para perpetuar a espécie. A transformação ocorreu e do ovo nasceu
e cresceu um pássaro que já voa e é independente. Nunca saberemos que forças
extraordinárias estão por trás desta sucessão de acontecimentos, mas como eu
que já tenho dois filhos, aquela pomba também já poderia morrer em paz,
digamos, cumprindo a função da perpetuação da vida e no entanto não morrendo
como o salmão por exemplo, cria relações </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;">afectivas</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;"> com o que lha saiu do ânus. É
o que é, que eu por mais que olhe só lá vejo um buraquinho, nem sabendo tão
pouco se aquilo é macho ou fêmea.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">As abelhas também são
curiosas, e as formigas. São seres vivos que também se organizam em sociedade enormes
como nós. Se juntássemos as formigas por exemplo têm sete vezes mais massa do
que nós humanos. Já cá andavam há milhões de anos antes, se calhar as abelhas
idem aspas, e nós é isto – uma loucura! Pessoalmente ando dividido entre o terror
absoluto do fim do mundo e esta extraordinária evolução que a sociedade humana
está a viver nestes últimos mil anos. Não deixa de ser curioso que por causa de
um tipo chamado Jesus se possa dizer que “nasci no milénio passado”, só daqui a
mil anos se poderá dizer o mesmo. Já se fosse pelo calendário chinês a coisa
seria diferente, o que para as formigas e as abelhas tanto se lhes dá. Ora, há
tempos, recebi determinadas informações que colocadas sobre a secretária me
dizem o seguinte, as calotes polares estão a derreter a um ritmo violento, não
obstante a revolução que a sociedade como um todo está a sofrer, gastam-se
fortunas a enviar jeeps não tripulados para Marte. Afinal não há homens verdes
mas parece que há água, por outro lado não disseram mas de certeza que levaram
umas sementes e uma garrafinha de água, seria idiota não o fazer, mas parece
que é segredo, enfim…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOgF5j9xJX0cArx3UR0qYaHhQLd4peer8eD-H09MSWJ6WdoVb8IWgLzZj1DPhzsJjjyqEBxcwR6kYRp-fbfbEGFl6JyJiKVGShjXt6iIJkLXNVFfojZU3BmD4Z0XPIHDr_V0ghDFRoUxuT/s1600/O+pombo+da+paz.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOgF5j9xJX0cArx3UR0qYaHhQLd4peer8eD-H09MSWJ6WdoVb8IWgLzZj1DPhzsJjjyqEBxcwR6kYRp-fbfbEGFl6JyJiKVGShjXt6iIJkLXNVFfojZU3BmD4Z0XPIHDr_V0ghDFRoUxuT/s320/O+pombo+da+paz.jpg" width="311" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">No meio disto tudo e do que
mais há de vir, estou novamente a ser confrontado com a morte – essa coisa
extraordinária, essa impossibilidade de contar como foi, ou de imaginar como
será. Mais uma vez a minha curiosidade é posta à prova, sabendo à partida que
nunca saberei a resposta vou, enquanto vivo, experimentando todas as sensações
e emoções que a vida me dá com a maior consciência possível. É possível que a
morte seja uma simples libertação do corpo, afinal de contas a larva morre para
dar lugar à borboleta e convínhamos que se ela souber não acredita tal é o
disparate. Sabe-se lá se nos transformamos em algo tão diferente que nem
conseguimos ver, nem sequer imaginar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;">De tanto nos preocuparmos
“com a galinha da vizinha” </span><span style="line-height: 18px;">esquece-mo-</span><span style="line-height: 115%;">nos do essencial – estamos vivos! É uma
miséria viver a vida toda com medo, a vida toda com receio. Se só se vive uma
vez na condição de ser-humano o melhor é viver com dignidade todos os dias e um
dia de cada vez, e claro - sem medo. Somos uma forma de vida extraordinária com uma capacidade de
adaptação enorme e decerto, haja o que houver, cá estaremos seja lá para o que
for. Sempre foi assim e sempre será. Eventualmente tudo seria bem mais fácil se
não tivéssemos uma particularidade não </span><span style="line-height: 18px;">mensurável</span><span style="line-height: 115%;"> pelas leis do universo – a
inveja. Que é </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;">exactamente</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;"> isso que as formigas e as abelhas não têm mas que eu
tenho quando vejo o idiota do animal que agora em vez de voar e se ir embora
não sai da varanda e arremessa-se contra o vidro na esperança vã de entrar.
Vá-se lá entender mas por qualquer razão o pombo prefere o conforto do lar à
liberdade de voar. Se calhar a fonte de energia é mais apelativa que a forma de
a gastar.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Dá Deus nozes a quem não tem
dentes. No caso é milho e o pombo não tem dentes que eu já fui ver.<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
Beijinhos.</span>o normal anormalhttp://www.blogger.com/profile/17590934519225789300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8495756343147032036.post-20385171754890802712013-09-02T11:31:00.002-07:002013-09-02T11:31:34.158-07:00A caminho dos cinquenta<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Há tempos, pensei que tinha
de ir ao médico. Comecei a sentir-me mal e sem saber bem porquê comecei a
isolar-me. Tem sido um processo lento e curioso este de me reservar cada vez
mais. E nem sei bem porquê mas claro, como tenho um cérebro e ele ao que parece
tem vida própria e eu não o consigo controlar, põe-se para ali a pensar coisas
extraordinárias que me deixam ora cheio de felicidade ora cheio de tristeza. É
uma verdadeira montanha russa de emoções esta minha existência neste corpo que
me calhou em sorte. Lá tinha que ser sensível e emotivo e relativamente bem
estruturado para que não fosse um problema de falta de sexo, não! Sempre tive
relações e já conheci muitas mulheres, umas baixas outras magras, umas gordas,
outras assim-assim, outras que me fazem acreditar que existe de facto um poder
superior, mas no fundo, mulheres. Nesse aspeto tem sido um prazer conhecer
tantas e tão diferentes mulheres, não por opção consciente mas porque o meu
poder sobre o que me rodeia é relativo e por conseguinte por mais que eu
tivesse um sonho ainda não se realizou e portanto no entretanto há que tirar
partido da experiência e viver com ela tentando pelo menos não cometer os
mesmos erros. Já não é mau. No computo geral sou um homem feliz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Mas a minha ida ao médico, ou
eventual sentimento de necessidade de saber se tudo está bem comigo tem a ver
com outra questão que não o sexo pois estou convicto que tem sido sem sombra de
dúvidas uma arma de arremesso que ao longo da história da humanidade tem
mostrado a sua importância. Impérios ruíram por causa dele e doutrinas nasceram
contra ele. Não obstante existir desde que há gente e ser praticado todos os
dias em todo o planeta, continua a ser causa de ostracismo, ferramenta
política, violência brutal, desvios sexuais e por aí fora, e no entanto há quem
sinta que por qualquer razão inexplicável o sexo e o amor se cruzam algures.
Inconscientemente não damos por ela mas dentro de nós existe uma energia
extraordinária não palpável nem mesurável que nos impele a andar para a frente,
a fazer o inimaginável que é eventualmente a descoberta de uma nova sociedade,
uma nova estrutura social, digamos, em que o que foi recentemente já não é e o
que se sente que aí vem é no mínimo aliciante.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzHE6w6DYjwc8z7SljNionDvUh4vDjgem-bjJz8-mlY70kdckyomRjHD1rK0QbG_VxokcR8mAVNjMeTqVJwX7TvkUFCjtLOr1V3pmvxuNlQGYkpvz_RMqYmZsRlXMUgvDXgQiwK36AKy6-/s1600/Energia+sexual.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzHE6w6DYjwc8z7SljNionDvUh4vDjgem-bjJz8-mlY70kdckyomRjHD1rK0QbG_VxokcR8mAVNjMeTqVJwX7TvkUFCjtLOr1V3pmvxuNlQGYkpvz_RMqYmZsRlXMUgvDXgQiwK36AKy6-/s320/Energia+sexual.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Assim de repente não me
ocorre mas ao que parece o Napoleão era pequenito, sexualmente mal
“apetrechado”, já o Hitler tinha lá qualquer relação com o sexo que não se entende, muitos
outros sabemos que por esta ou aquela razão são demitidos das suas funções por
motivos de escândalos sexuais. O Papa não é contra os gays, seja lá o que isso
possa significar, é sim contra o lobbie gay, lia-se nas notícias, o que no meu
entender vai dar no mesmo mas adiante. O rapazito que enviou os documentos
secretos diz que afinal é uma mulher e os Estados Unidos andam a discutir se pode
ou não ser operado para mudança de sexo, talvez dessa forma possa ser absolvido
na medida em que deixa de ser ele o condenado mas a nova Joyce, ou lá o que é, o que bem vistas as coisas nada tem que ver com o assunto. O
outro, o que recebeu os documentos é acusado de tentativa de violação de duas
mulheres na Suécia e está retido numa embaixada há anos não tarda senão vai
preso não por causa do Wikilix mas por motivos sexuais. Já o outro, também
norte-americano, retido na Rússia tem um companheiro, seja lá a importância que
isso possa ter para o caso, que esse sim é extremamente grave. Já para não
falar do nosso jovem português que tentou tirar o órgão sexual do outro num
quarto de hotel em Nova Iorque, com um saca-rolhas, o que seria suficiente para
a defesa alegar completa insanidade na medida em que não é de todo a melhor
ferramenta para subtrair o órgão masculino. Devia haver uma faca ou coisa do
género, só um tipo fora do seu perfeito juízo faria uma coisa daquelas e agora também
deve ter mudado de preferência sexual na medida em que pelo que se vê na TV e
não é pouco, ao que parece, nas prisões norte-americanas um rapazito assim
giro… enfim. E o Carlos Cruz e seus comparsas foram a passo e devagar e com
calma para a prisão por causa de gostarem de sexo com miúdos. Valha-nos Deus,
Cristo, os apóstolos, as santas todas, e os santos, porquê tantos desvios? Ou
não serão desvios? Seremos nós que somos mesmo assim? Teimamos em não ser
livres resultando talvez por isso mesmo, comportamentos estranhos à maioria e
que não são feitos com amor.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Uma coisa é certa, esta
sociedade que está em profunda transformação não declina de continuar a não
ensinar às pessoas para que é que serve de facto o sexo. E a prova disso é a
religião que, salvo raras exceções, trata o sexo como como um pecado. Não há
duvida. E a sociedade por mais que avance não sabe o que fazer a tanta energia
gerada por causa do sexo que se aliado ao amor é simplesmente brutal. Talvez
não vá ao médico por causa de um dilema destes, provavelmente sairia de lá com
uma consulta para o psicólogo. Vou dar tempo a este corpo para se ir habituando
paulatinamente a entrar nos cinquenta com saúde e se o cérebro quiser pensar
estas coisas todas é lá com ele. No fundo ele é o reflexo do mundo em que vive
e coitado são mentiras todos os dias. Já não se aguenta. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Beijinhos.<span style="font-size: x-small;"><o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
o normal anormalhttp://www.blogger.com/profile/17590934519225789300noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8495756343147032036.post-50401147929337523262013-07-11T11:15:00.001-07:002013-07-11T11:15:38.330-07:00O estado da nação<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Há tempos o Exmo Sr.
Presidente da Republica de Portugal decretou que seria necessário um governo de
salvação. Independentemente do significado que os entendidos em assuntos
complexos possam achar que signifique, em bom português e esquecendo o acordo
ortográfico, seja lá o que isso represente, para o cidadão comum, ou como disse
um jurista recentemente, repetindo o que se diz à boca cheia desde que Cristo
nasceu à terra e até antes, tem de se dar o poder de escolha ao povo. Ora nesse
contexto que sendo muitíssimo complexo se baseia em algo extraordinariamente simples
um governo de salvação nacional é isso mesmo um governo de salvação nacional.
Supostamente porque é necessário dadas as circunstâncias, salvar o país de
alguma coisa. Normalmente quando se ouve alguém dizer que é preciso salvar
alguma coisa desperta-nos o instinto básico de sobrevivência. Ou porque nos
identificamos com o risco inerente à situação que precisa de uma atitude tal
que resulte no oposto que que existia, ou porque não conhecendo o motivo da
necessidade da salvação partimos do princípio que se alguém o diz é verdade e
por isso ficamos igualmente atentos e até despertos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Não sendo uma situação
normal nem vulgar em qualquer país do mundo, torna-se evidente que havendo uma
situação que justifique a necessidade de alterar o que quer que seja é melhor
do que o que havia antes. Neste preciso momento estão em lista de espera outros
países para entrarem no grupo dos países que compõem a Comunidade Europeia,
Portugal chegou ao ponto de para arrumar a casa o que existe não serve, então o
Exmo Sr Presidente da República achou por bem dizer aos concidadãos que os que
estão a governar não estão a dar conta do recado e por isso temos de arranjar
outra solução que curiosamente e pasme-se passa por falar com os mesmos que
obrigam a um governo de salvação nacional e pedir-lhes, exigir-lhes até que se
entendam e salvem o país de qualquer coisa que não se percebe bem pois se de
uma calamidade natural se tratasse ainda se compreende, mas salvarem-se deles
próprios através de eles próprios é como pedir a um moribundo que não beba água
com ela à frente da boca.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3Vty0JBaTnv41wA01KanxJStHho1QLDjqocvK74sHMtaKGMQhqqcuxrXHlIJkDK9pV7xUG3VfiSCbffaNDhVVqFc6oQVtzkLjgiqoiyX3zFolpY1aFv9mJ4xg8m-x7JwS5Dd0OaZg1PRL/s1600/O+estado+da+na%C3%A7%C3%A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3Vty0JBaTnv41wA01KanxJStHho1QLDjqocvK74sHMtaKGMQhqqcuxrXHlIJkDK9pV7xUG3VfiSCbffaNDhVVqFc6oQVtzkLjgiqoiyX3zFolpY1aFv9mJ4xg8m-x7JwS5Dd0OaZg1PRL/s320/O+estado+da+na%C3%A7%C3%A3o.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Utilizando uma expressão
muito em voga a política é muitíssimo tóxica. Há pessoas que estudam história,
pessoas que estudam política, pessoas que estudam filosofia e ciências do foro
humano. Curiosamente somos governados por pessoas que no caso do Exmo Sr.
Presidente da Republica dão muita importância à rentrée de Portugal nos
mercados financeiros, o que se justifica sendo ele também e por acumulação de
funções, diz-se por aí, professor de economia (de muitos dos boys que por aí
andam a fazer política). Esta pessoa que assume o comando do país com as
próprias mãos fá-lo por razões que não se entendem e no entanto desde que ele
disse o que disse, a Sra. Odete, levantou-se da cama cedo e foi às compras para
os netos que estão de férias com ela. Preocupada com o almoço e o jantar do dia
seguinte ela escuta o que diz o Exmo Sr. Presidente da mesmíssima maneira que
vê com atenção uma das inúmeras novelas que passam na televisão. Eventualmente,
para ela é muito mais interessante ver os artistas de novelas chorarem que nem
umas Madalenas (às vezes nem as Madalenas conseguem chorar tanto) do que o
Paulo Portas dizer que sim e que não e que sim e que não e que sim e que não e
que sim e que não. Ou o Seguro dizer que os outros todos é que são umas bestas.
Ou o Sócrates dizer que não teve culpa nenhuma. Ou o Barroso dizer que os
partidos em Portugal têm de se entender para bem do país. Ou o Mexia que ganha
1200 vezes o ordenado mínimo e vendeu a REN e a EDP aos chineses. E ainda outros,
que nada tendo a ver com Portugal não se privam de andar para aí a mandar
bitaites.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Para aglutinar tudo, ou como
papel de embrulho estão os órgãos de informação, que têm tido uma enorme
dificuldade em prever o que quer que seja dando-lhes a oportunidade de estarem
continuamente a dar informações de coisas que não servem para nada a não ser
demonstrar que é preciso um governo de salvação nacional como diz o Exmo. Curiosamente
pretende-se organizar um ataque às chamas com os mesmos que atearam o fogo. O
Saramago é que a sabia toda quando escreveu o “Ensaio sobre a lucidez”. Enfim…
era tão simples. Mas é giro. Ao contrário da Sra. Odete que gosta de ver homens
a chorar a baba e ranho eu prefiro vê-los a mentir e a borrarem-se nas cuecas.
Assim vou-me rindo. Também é giro. Agora talvez fosse altura de os começar a
meter na cadeia. Já lá estão uns quantos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Beijinhos.<span style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></div>
o normal anormalhttp://www.blogger.com/profile/17590934519225789300noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8495756343147032036.post-89164364324967194112013-06-23T06:55:00.001-07:002013-06-23T07:09:52.972-07:00A promoção dos pontos<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;">Há tempos a dependência dos
CTT que providenciava um serviço impecável de proximidade com a população e até
variadíssimos serviços fechou. Sinais dos tempos dirão uns, progresso dirão
outros. E talvez este seja o busílis da questão, desde o dia em que começamos a
informatizar tudo, que até já estão a pensar em ter um programa qualquer no
telemóvel para ver se as maçãs estão maduras, como se apalpa-las, gesto aliás
que pode ser muito </span><span style="line-height: 18px;">agradável</span><span style="line-height: 115%;"> não bastasse. De facto e nos dias que correm as
pessoas ao que parece não acreditam nelas próprias, deixando para outros o
critério da maturação da fruta. Já não precisamos de ninguém para nos pesar as
frutas e os legumes, mas por outro lado deixamos de saber apalpar fruta. Por
outro lado há os manhosos que lavam a fruta com parafina, ou lá o que aquilo
seja, para que fique mais brilhante. Como as cenouras que têm uma luz especial
que lhe confere uma cor divinal, até chegarmos a casa e olharmos para as
cenouras novamente. Talvez possamos pensar que fomos enganados, e bem! Talvez
as portagens na ponte 25 de Abril pudessem voltar a ter pessoas. Assim voltava
a haver a borla no mês de Agosto, assim não, assim claro que é melhor para
poucos prejudicando imenso a maioria… sinais dos tempos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Nas bombas de gasolina, onde
o euro ganha um algarismo novo de que ninguém sabe o nome, terceiro à direita
da vírgula, aparece como que por magia para servir algum propósito
extraordinário na medida em que estamos a falar de abaixo do cêntimo. Mas por
alguma razão ele lá está. Tal como lá estão nas autoestradas os placares a
anunciar o preço da gasolina nas próximas quatros estações de serviço, que não
obstante serem de marcas diferentes e até ter havido uma enorme discussão sobre
o assunto no parlamento, o valor da gasolina nas diferentes estações de serviço
é sempre o mesmo. Até ao tal algarismo à direita do cêntimo. Aquilo nem se
compreende, Afinal de contas haveria uma necessidade muito concreta de
liberalizar os preços e até a defesa da concorrência transparente. Ora mais
transparente não podia ser. O preço é o mesmo! Mais as portagens aéreas, só
para ir de Lisboa a Faro e voltar, pagamos de portagens 43 euros, num carro
“normal”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwdngAClVC4LGYwNZmf62zCU_r2z4IjGPZxUTyAhdqkcdYe4jgxRohxufi0swxIRrRWyzchZGWR9JKhO7EQCh11iBlOWUD8Ir9ffaLVHN3GcDXoRLm_G81NXjVP6ReYkMbiTPUqB27W6sJ/s1600/A+promo%C3%A7%C3%A3o+dos+pontos+001.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwdngAClVC4LGYwNZmf62zCU_r2z4IjGPZxUTyAhdqkcdYe4jgxRohxufi0swxIRrRWyzchZGWR9JKhO7EQCh11iBlOWUD8Ir9ffaLVHN3GcDXoRLm_G81NXjVP6ReYkMbiTPUqB27W6sJ/s320/A+promo%C3%A7%C3%A3o+dos+pontos+001.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;">Alguns andam a fazer as
coisas de maneira muito errada, há que o admitir e responsabilizar os que
estupidamente, e cuidado que estupidez não é de todo falta de inteligência, se
negam a assumir que fizeram as coisas muito mal. E fazem! Há dias tive de ir ao
novo posto dos CTT, que por acaso fica na Junta de Freguesia que se diz que irá
fechar, sei lá. Uma trapalhada que ninguém consegue explicar. Como estava na
Junta deu-me para ler as fotocópias penduradas num placar de cortiça. O vulgar!
Curiosamente há lá um gabinete médico, está lá escrito – Gabinete Médico. Achei
piada pois não fazia ideia e pensei que se o meu filho que tem doze anos, se
magoar a jogar à bola ou coisa do género, é uma hipótese a considerar uma ida à
Junta. Comecei a ler os valores dos tratamentos, pensos, ligaduras e a dada
altura reparo em algo que curiosamente não tendo nada que ver com as bombas de
gasolina acaba por ter. Um raciocínio peculiar que faz com que o grátis, por
exemplo já não o seja verdadeiramente, </span><span style="line-height: 18px;">pressupõe</span><span style="line-height: 115%;"> um contrato imediato. Esta aprendi com os meus filhos que já sabem como é. Eu não sabia. Tramei-me claro. Adiante...</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Diz lá no tal papel que até
três pontos cada um custa sete euros, mas se for mais que três já só custa
cinco euros cada… Pensei… voltei a pensar… olhei para a senhora que estava
sentada numa secretária com ar de que está à espera das cinco da tarde para
sair dali, coitada, e perguntei-lhe se aquilo que eu estava a ler era mesmo
verdade. Respondeu-me que sim. Coloquei-lhe a hipótese de levar lá o meu filho,
fui avisado que só está aberto das dez da manhã às duas da tarde. E que não é
um médico mas sim uma enfermeira, quando lá diz Gabinete Médico. Três
algarismos à direita da vírgula são próprios de um país com uma pobreza de
espírito enorme e até hoje não houve ninguém que me desse uma justificação
qualquer. Afinal de contas as frutas e os vegetais só têm dois algarismos à
direita da vírgula. Quatro pontos ficam mais barato que três, ou então rasga-se
mais um bocado o golpe. Sempre ficam mais em conta, os pontos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Beijinhos.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
o normal anormalhttp://www.blogger.com/profile/17590934519225789300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8495756343147032036.post-88352476159812032822013-05-03T07:12:00.000-07:002013-05-03T07:12:41.206-07:00O ciclista<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;">Há tempos a vida estava </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;">exactamente</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;"> como está neste momento – uma confusão! A vida social em Portugal,
claro, não a vida normal do dia a dia, que não obstante estar a alterar-se
inexoravelmente, que quem trabalha o campo sente nitidamente que o lugar do tempo
da natureza não coincide com o que vem no calendário, e como uma mudança nunca
vem só, cá estamos nós em Portugal a viver momentos extraordinários em que
parece que se tenta arrumar a despensa parecendo à primeira vista que está
vazia mas não está, havendo prateleiras de facto vazias mas outras
inexplicavelmente cheias. Ao que parece existem duas realidades distintas em
que o primeiro jura a pés juntos que a vida vai ser melhor enquanto outros
vaticinam um futuro tão negro mas tão negro que até parece que o sol é estúpido
em aparecer para dar alguma alegria às pessoas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Talvez se deve esta enorme
diferença à maneira como somos preparados para a vida e o que aceitamos como
sendo a realidade. O facto é que após quarenta e oito anos de vida continuo sem
perceber por que raio é que me dá para ver as coisas desta maneira tão
simplista confesso mas como de outro modo se poderiam ver as coisas. Vou-me
sentindo anormal, “ernesto” (que significa pior que honesto), estúpido
basicamente, por não conseguir compreender que a sociedade é assim e pronto.
Sinto-me inconformado, o que convenhamos não é muito saudável. Mais valia não
ter viajado, não ter visto outros exemplos de como gerir uma sociedade. Mal ou
bem o grau de felicidade existente nessas sociedades é muito superior quando
comparado com, espera, com as sociedades do sul da Europa? Mas então, espera
lá, não é no sul da Europa que estão as praias? As miúdas giras? Os desportos
náuticos? O surf e as miúdas giras? Então é por isso que não se entende. Deve
ser. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEho-vW-r6Ueo-nbp8ZdkSX-imW0zj8MPe9cEAZYjoUIEcrONhyphenhyphenuvIpDzmPiT2SSywR5gmcFA4RtSTCJwAZ1OVwup-KbgzF7o_Ha0GadmRWKD6zdb8hR5sC26k9TLnWvG0-kg-6MDwZUp1wa/s1600/o+ciclista+001.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="189" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEho-vW-r6Ueo-nbp8ZdkSX-imW0zj8MPe9cEAZYjoUIEcrONhyphenhyphenuvIpDzmPiT2SSywR5gmcFA4RtSTCJwAZ1OVwup-KbgzF7o_Ha0GadmRWKD6zdb8hR5sC26k9TLnWvG0-kg-6MDwZUp1wa/s320/o+ciclista+001.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;">Tenho um amigo que vai andar
de bicicleta com mais duzentos amigos ao Sábado de manhã, uns atrás dos outros
horas a fio, vestidos de licra preta, e capacete, e ténis ou lá como chamam
aquilo, e aparelhos para medir a velocidade, as pulsações, a gordura. Enfim, no
conjunto a três mil euros por cabeça, nessa manhã talvez andassem ali pelo meio
da mata seiscentos mil euros sem contar com os seguros de vida, que cada um
vale conforme a capacidade de cobrir determinado contrato de seguro de vida.
“C’est la vie”, diria o outro, que em português significa, para os que nunca
aprenderam a língua mais gaysola que por aí há, “Estava, estou e estarei sempre
tramado enquanto for governado por esta cambada de incompetentes que não
sabendo nada da vida que não seja dinheiro ainda não entenderam que podem </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;">facturar</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;"> milhões praticando uma governação positiva.” Mas não. Inexplicavelmente
vá-se lá perceber porquê, é fino ir andar de bicicleta com os amigos ao Sábado
de manhã. Faz bem à saúde, defendem uns, oxigena os músculos, dirão outros. Vá
lá que fazem desporto mas e ao que parece fazer desporto pode custar uma
fortuna, credo.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Talvez alguém me possa ver
como um tipo de esquerda, daqueles que defendem posições de esquerda, sobre
assuntos de esquerda, com ideias de esquerda. Sinceramente sinto-me de direita,
seja lá o que isso possa significar, mas prefiro ser limpo a sujo. Prefiro um
concerto sem pó do que outro em que se chover é só lama. Enfim, há de haver um
meio-termo pois eu não sei onde me enquadro mas sei que é lá para o meio. Sinto
que entre os que dizem que havia de ser de uma maneira e os que dizem que havia
de ser de outra, ainda há uma terceira maneira. Tem de haver. Levar um
cacilheiro forrado de bordados e outras coisas até Veneza para a Bienal pode
ser giro. E depois? O que fazer com os tachos, e os corações feitos com
talheres de plástico, e os ferros de engomar, e os malfadados tampões?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;">Era porreiro ir tudo por
atacado até Veneza. O barquinho com o Presidente, a mulher do Presidente, os deputados, os
ministros, os motoristas dos ministros, os adjuntos dos secretários, os </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;">conselheiros,</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;"> os amigos deles, o Mexia e por aí abaixo que são mais que as
mães, o Mário Soares, o Sócrates e por aí acima, a filha do
presidente de Angola, o Zenal Bava, o major Valentim (que devem-lhe ter apertado os calos de tal
maneira que nunca mais se ouviu falar dele – faço ideia!). Vem aí o Verão mais
uma vez, ou na melhor das hipóteses aquela altura do ano em que o tempo está
mais quente. Nós bem tentamos que o tempo haja de acordo com o calendário, mas
e se o tempo mudar? Esta coisa de alterarmos a hora tem de acabar, não faz
sentido absolutamente nenhum. Credo!<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Beijinhos.<span style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></div>
o normal anormalhttp://www.blogger.com/profile/17590934519225789300noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-8495756343147032036.post-49443382581338432332013-03-05T09:25:00.000-08:002013-03-05T09:25:44.510-08:00O sexo<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Há tempos, vi-me confrontado
com aquela que há-de ser a duvida que persistirá na minha vida até que eu
morra. Dei conta dela há muito tempo mas só agora tive a verdadeira necessidade
de olhar para ela e conversar com ela e tentar pelo menos saber da sua
existência, coisa que de modo algum é fácil de sequer saber da sua existência.
Vá-se lá saber as razões que levaram a que nos afastássemos dele, o facto é que
é exatamente por causa dele que aqui estou, é por causa dele que devemos a
nossa existência. A dúvida persiste e pelos vistos não há explicação plausível
para que individualmente consigamos um ou outro compreender o verdadeiro
significado do sexo e coletivamente sejamos tão obtusos. É impressionante a
hipocrisia que existe à volta do sexo. A maneira distorcida que nos vai sendo
incutida ao longo de seculos e milénios. E não se restringe a uma cultura
específica ou a um continente. No mundo o que mais não falta são exemplos de
total vontade de que não se saiba para que serve de facto o sexo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">A minha filha tem 14 anos e
como é obvio não lhe vou explicar o que quer que seja sobre como se faz, como
se procede, como se inicia, como se descobre. Era o que mais faltava, ela que
descubra, e vai ver que é bom. Sexo é bom. Para já foi o que eu lhe disse a ela
e ao irmão que com 11 anos e vai-se limitando a escutar com atenção não obstante
dar a entender que está distraído. Ele é curioso o Manuel e escuta com muita
atenção determinados assuntos. Parece-me ser um bom ser humano.
Adiante, a Maria começou a ter uma vida social, a sociabilizar, a interagir com as
amigas e os amigos. Os namorados, as namoradas, os que já namoram, as que ainda
não namoram, os concertos, as festas, os encontros, as conversas, as dormidas
em casa umas das outras, as mensagens, os faces a as outras “coisas” todas, e
agora tenho de me adaptar rapidamente as prioridades dela mudaram tendo mais
interesse em estar com as amigas e amigos do que com, enfim, tem de ser,
comigo. E é extraordinário que isso aconteça e que eu me sinta assim, confuso,
pois é sinal que tudo está a correr como previsto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicXBebvGmiMCWYX5F-1MLhfwXB5nagq3EQVXEnFDDQsWl8qrn0jKfE0NOvs5gUeYswbjsBGQ0Q1Phps1hefGTJ1kgH0_5RG2IQU-aHOQ1GK9TTSrstBypOE2hnQNWV7Dj1ZgWVYonYfwc3/s1600/O+sexo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicXBebvGmiMCWYX5F-1MLhfwXB5nagq3EQVXEnFDDQsWl8qrn0jKfE0NOvs5gUeYswbjsBGQ0Q1Phps1hefGTJ1kgH0_5RG2IQU-aHOQ1GK9TTSrstBypOE2hnQNWV7Dj1ZgWVYonYfwc3/s320/O+sexo.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Há quem lhe chame amor e
logo aí se gera a confusão, pois o amor nada que tem que ver com sexo. Sexo é
objectivo, não tem que enganar, de uma maneira ou de outra sexo dá prazer, é
bom, alivia, faz bem à pele, faz bem tudo, ao corpo, à mente, e é uma loucura.
É tão bom tão bom que todos os seres vivos salvo, creio pelo que possa ter
visto no "National Geografic", alguns desgraçados que auto-engravidam. Coisa
estranha, pois sabe-se que para criar vida é preciso dois, um assim e o outro
assado. É preciso que haja sexo entre os dois. Uma coisa simples, nada de
extraordinário que quaisquer cinco minutos servem e pronto, mais uma vida, ou
duas, ou mais, há bestas que conseguem gerar com cinco minutos de sexo ou menos
14 ou mais seres vivos, mas há outras ainda que é aos milhares. Enfim, cada um
tem as suas capacidades. Ora nós, seres humanos temos esta extraordinária
capacidade de elevarmos a mente, de conseguirmos entrar num estado de espécie
de meditação digamos, só possível porque somos inteligentes, porque temos
memória e vivemos em sociedade. Não obstante há quem se isole, rape o cabelo e
se vista com um lençol cor de laranja e aspire a chegar sabe-se lá onde que são
precisos imensos anos para se lá chegar, também há quem deixe crescer a barba e
nunca mais a cortar, e também há quem se dedique a coisas mais estranhas como
por exemplo não praticar sexo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;">Aqui para nós Maria, e não
digas nada ao teu irmão que depois trato eu dele, o sexo é bem capaz de ser a melhor experiência
que poderás ter na vida. É através do sexo que te irás sentir plena
pois é ele que te permite chegar a sítios da tua mente que eu pessoalmente
não fazia ideia que existiam. Olha que é bom que se farta o sexo e se tu fores
razoável, ou não que eu não tenho nada a ver com essa área da tua vida daí
chamar-se intimidade, poderás através do sexo chegar a locais que só se lá vai
ou com drogas ou com anos e anos de abstinência dele até que se chega a uma
idade em que se deixa naturalmente de lhe dar qualquer </span><span style="line-height: 18px;">importância</span><span style="line-height: 115%;"> - </span><span style="line-height: 18px;">prepara-mo-</span><span style="line-height: 115%;">nos para morrer. Mas até lá irás sempre
ouvir as coisas mais absurdas sobre algo tão trivial como coçar as costas.
Lembras-te quando te peço para me coçares as costas? Lembras-te do prazer que eu tenho? Pois o sexo também é prazer e quanto mais tiveres consciência disso mais o
vais compreender como algo tão trivial como “Ó Maria coça-me aqui as costas,
isso, isso, mais para cima, isso, mais para o lado, só um bocadinho, ui, ai,
isso, força, força, aiiiiiiiii, que bom!!!!!”, compreendes? É parecido só que é
muito melhor. Muito mesmo, e se o praticares compreenderás um dia o verdadeiro
propósito do sexo – PRAZER! E tu como todas as pessoas salvo algumas coitadas, espero que tenhas a sorte de o ter na vida de maneira </span><span style="line-height: 18px;">saudável</span><span style="line-height: 115%;"> e </span><span style="line-height: 18px;">despretensiosa</span><span style="line-height: 115%;">.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Mas depois há uns seres
humanos tristes que deturpam tudo e mentem e escondem e alguns até se mutilam
ou pior. Há Presidentes
que se desgraçam e pessoas importantes e com imenso poder que são destruídas por causa do sexo. Até houve uma mulher que
conseguiu engravidar por obra e graça do divino, dizem. Tudo tem sido
feito para não se compreender a razão do sexo que só
tem a ver com o facto de te sentires viva quando o fizeres. Sempre. Sê saudável
Maria. Sê um bom ser humano, sê positiva e honesta, aprende a dar, aprende a
ter pouco porque é bom ter pouco, viaja, conhece o maior número possível de
pessoas, não percas tempos com pessoas estúpidas, trata bem da família, defende-te da maldade da inveja e do ciúme com amor, acima de tudo não te esqueças nunca que pior que a maldade
só a estupidez. Mantém-te "acordada" e pensa pela tua cabeça, questiona-te sempre
e vive cada dia como se de uma vida inteira se tratasse. Não faças mal aos
outros, não faças! Depois ajudas-me como teu irmão e se quiseres ajudo-te com a
tua irmã. Fica entre nós.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Gosto de gostar de ti.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Beijinhos.<span style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></div>
o normal anormalhttp://www.blogger.com/profile/17590934519225789300noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8495756343147032036.post-20274295849976800602013-02-28T08:12:00.001-08:002013-02-28T08:12:09.078-08:00A mensagem<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Há tempos, dei por mim a ter
muito cuidado com o que escrevo nos novíssimos meios de comunicação que vou
tendo à disposição. É terrível se pensarmos bem, pelo menos para mim é, senão
vejamos, de repente e ao mesmo tempo estou a falar no face, enquanto falo no
skype e no gmail e ainda envio e-mails, falo pelo telemóvel e se for preciso
até pelo telefone fixo, e há mais que agora não me ocorre mas não me admirava
que o caso se passasse de divisão para divisão de uma qualquer casa particular
ou mesmo de gabinete para gabinete num escritório qualquer do mundo inteiro.
Sim, porque esta suposta ligação feita em vários canais ao mesmo tempo pode
muito bem ser local, numa terreola qualquer do Alentejo profundo ou de Grândola
para a China. Ora, se for local, imaginemos que sou eu por exemplo, assim não
aponto o dedo a ninguém mas toda a gente percebe, sou capaz de estar a
comunicar com várias pessoas ao mesmo tempo por canais diferentes. Uma loucura!
Faz-me lembrar aqueles empregados da Bolsa que por vezes vejo nas notícias da
televisão sobre mercados financeiros e que estão ali sentados nas secretárias a
olhar para aqueles ecrãs com numerozitos que eu só lá ia de óculos por serem
tantos e tão pequeninos. Parecem uns robots ali quietos de olhar aparentemente
pasmado. E no entanto estão concentradíssimos com os cérebros a mil à hora, e
se não for a mil arranjam maneira com substâncias ilícitas e menos ilícitas,
enfim, consta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-iq1G_plSGSXajkFzChUzobHNMbakkXiOEwxmxEIP2JxzVpKHcQxj5J7l-zt4A-x4W9ldcXIeNVh3JZ7kcfAD69s8rZpzwWDnvq-7BOibnA-L-6NpA4JjDu_RCcR9wgJrNrItp8ZB_Wko/s1600/A+mensagem.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-iq1G_plSGSXajkFzChUzobHNMbakkXiOEwxmxEIP2JxzVpKHcQxj5J7l-zt4A-x4W9ldcXIeNVh3JZ7kcfAD69s8rZpzwWDnvq-7BOibnA-L-6NpA4JjDu_RCcR9wgJrNrItp8ZB_Wko/s320/A+mensagem.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;">Pois foi por causa de uma
mensagem enviada por telemóvel, quando podia perfeitamente ter telefonado, ou
mesmo feito uma ligação ao vivo e a cores., mas não, foi simplesmente uma
pequena mensagem. E estava bem escrita e tudo. Era precisa e </span><span style="line-height: 18px;">objectiva</span><span style="line-height: 115%;"> na
questão que colocava. Foi escrita num ápice. Terá sido escrita com um
determinado propósito pelo emissor, digamos. E no entanto o </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;">receptor</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;"> daí o
emissor, quando recebe a mensagem compreende-a de outra maneira, limitando-se
exclusivamente a ler uma mensagem, um conjunto de letras com um determinado
significado, não conseguindo visualizar a atitude física, a expressão facial, a
respiração, o tique, a velocidade de entoação daquilo que se diz, e por aí fora
de um conjunto de elementos que sem o </span><span style="line-height: 18px;">invólucro</span><span style="line-height: 115%;"> a pessoa que diz, é
simplesmente uma mensagem tal como o são as mensagens que os ecrãs de computados
dos tais homens robots da bolsa olham horas a fio. Não deve ser fácil, talvez
uma questão de hábito, mas passar horas de vida naquele tipo de ambiente,
naquele tipo de registo mental entre pessoa e máquina é bem capaz de produzir
resultados no mínimo surpreendentes. Daí as mensagens que se recebem poderem
ter interpretações genuinamente diferentes. Faltará certamente o resto da
mensagem que ficou na origem pois ainda não nos podemos </span><span style="line-height: 18px;">tele-transportar</span><span style="line-height: 115%;">. Acho…<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;">Se por um lado almejamos a
globalização, talvez porque a união faz a força, ou sabe-se lá qual o ímpeto
que nos faz humanos andar para a frente sempre por caminhos que fazem com que a
história da humanidade não tenha qualquer lógica aparente que não seja a
inerente ao próprio caos que não deixa de ter a sua lógica, daí a teoria. Por
outro lado incomoda-nos o facto de nos sentirmos cada vez mais sós neste mundo
globalizado. Esta coisa de andarmos em contacto todos uns com os outros por
meios cada vez mais extraordinários e nisso as comunicações são bem capazes de
ser o cerne da revolução que estamos a atravessar coloca-nos num estado de
letargia que nos vai adormecendo lentamente. Começamos a fazer as nossas
próprias interpretações do que lemos, observamos, ouvimos e esquecemo-nos de
algo fundamental – o contacto físico. Olhos nos olhos, como se costuma dizer,
ao invés de uma mensagem traduzida em letrinhas minúsculas num aparelho de </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;">recepção</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;"> Por vezes uma mensagem mal interpretada tem consequências que podem
inclusive mudar a face da terra como a conhecemos. Tal como a borboleta no
Japão pode ser a origem de um tsunami na América, uma mensagem mal interpretada
pode ter sabe-se lá que consequências. É preciso aprender a interpretar
mensagens. Cada vez mais.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;">Ou então o melhor é à
portuguesa que à sexta-feira por exemplo se resolvem tantos e tantos negócios
ao almoço num restaurante, com a barriga cheia e ali, olhos nos olhos. Para
negócios não há cá mensagens, para negócios o melhor é ali, frente a frente,
não nos vá escapar um pequeno tique antes de uma resposta comprometedora. É
preciso sentir, cheirar, observar o emissor de modo a decifrar o todo da
mensagem recebida. Há quem lhe chame corrupção mas de facto não o é. É sim uma
maneira de estar na vida e bem simples em que nada fica gravado mas existe um
compromisso, uma </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;">acordo</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;"> de cavalheiros, uma palavra dada, um toque no ombro, uma
oferta ou delicadeza… e pronto. Já no resto, naquelas miudezas que são o sal da
vida é giro enviar e receber mensagens só que às vezes corre mal, é curioso.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Beijinhos.<span style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></div>
o normal anormalhttp://www.blogger.com/profile/17590934519225789300noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8495756343147032036.post-75684874794240726172012-07-23T06:58:00.000-07:002012-07-23T06:58:14.897-07:00O homem e a formiga<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Há tempos a minha vida mudou
outra vez. Sou daquelas pessoas que retém a memória da vida passada de acordo
com sensações. Hoje já me sinto mais confortável em aceitar que sou assim,
distraído com muitas coisas mas atento a outras. Normalmente estou mais atento
ao pormenor, ao detalhe, à diferença, aquela estranha sensação que sinto quando
confrontado com algo ou alguém. Reconheço que vivo de acordo com a soma do
legado indivisível, da experiência vivida, mas também da (felizmente)
curiosidade que nunca me deixou crescer. Não obstante cresci e sou um homem.
Moldado pela sociedade em que habito para me portar como um homem. Sejam quais
forem as opções políticas ou religiosas eu sou um homem e se não me portal como
tal sou um tolo. Um marginal, indigente, alguém que não age de acordo com as
normas estabelecidas pela maioria para que possamos viver em harmonia o mais
possível. Haverá sempre marginais para nos lembrar todo o espectro da génese
humana. Só assim se compreende a condição humana – pela diferença.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">A minha vida mudou outra vez
porque assim teve que ser. Já com o Bernardo foi diferente. O Bernardo
interrompeu o que seria o normal curso da sua presença em quanto ser social.
Eventualmente ter-se-á transformado em outra coisa qualquer. Há quem acredite
nisso. Eu acredito, e acredito que há um Céu, chamemos-lhe assim. E que
enquanto eu cá andar o resultado das minhas vivências refletir-se-á algures.
Deve ser. A mim faz-me sentido que assim seja. Nem que seja pelo facto de ao
acreditar nisso tento ser o mais… como direi? O mais… como o meu avô. É isso,
se eu for como meu avô irei para o Céu com toda a certeza. O meu avô também
mudou de vida algumas vezes. Algumas eu vi, outras ainda não tinha nascido e
por isso ouvi. E ainda oiço através da minha mãe e de outras pessoas que falam
dele. Um homem íntegro e com “coluna vertebral”. Gosto dessa expressão. Sempre
a conheci e sempre a ouvi, curiosamente dita muitas vezes pela filha dele,
minha mãe – “Ou se tem ou não se tem coluna vertebral”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-O8XoQF0ysfhwloV-2Kt_TAyhNNDN31THcDT3CVbieVwR_UhXTQiUTZionZ1bD1hyphenhyphen_kgOiFJ3yteIgnAQdKAQRqqtgxUaFmyogqpdoSM_sH3VaPiAt7QyVQnG-dv3fDBCRgalhROv7pl_/s1600/O+homem+e+a+formiga.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-O8XoQF0ysfhwloV-2Kt_TAyhNNDN31THcDT3CVbieVwR_UhXTQiUTZionZ1bD1hyphenhyphen_kgOiFJ3yteIgnAQdKAQRqqtgxUaFmyogqpdoSM_sH3VaPiAt7QyVQnG-dv3fDBCRgalhROv7pl_/s320/O+homem+e+a+formiga.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Eu peco. Pequei e o mais
provável é voltar a pecar. É inerente à minha condição de ser vivo, de
ser-social, e não serão os pecados que cometi que não me deixarão entrar no
Céu, assim espero. Já as formigas, por exemplo, que também vivem em sociedade,
têm livre-trânsito, pois mas não têm inveja – simples! Trabalham para o bem
comum independentemente da sua condição. E é extraordinário pensarmos que se as
formigas fossem do nosso tamanho este planeta não chegava para elas – são
imensas. No entanto prevalecem independentemente do tamanho, estoicamente,
contra todas as probabilidades e sem que demos por isso. Já nós temos esta
terrível obstinação de competirmos sempre como se a vida disso dependesse. Ganhar
mais dinheiro, correr mais depressa, saltar mais longe, mais alto, nadar mais
depressa, aguentar mais tempo, como nos Jogos Olímpicos! Um espetáculo
internacional que põe à prova o “mais que tudo” do genoma humano – uma loucura!
O que pensarão as formigas disso? Haverá formigas a correr desesperadamente
para vencer as outras todas, para serem indiscutivelmente as melhores?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">A minha vida tem sido uma
viagem, uma aventura cheia de experiências e sensações. Gosto de ser quem sou e
prevejo para mim mais coisas extraordinárias simplesmente porque estou vivo. A
partir de agora sei que quero ir para o Céu - quero mesmo. E para isso tenho
que ser uma boa pessoa enquanto cá andar neste corpo. Já outros coitados, não
compreendo. Era tão fácil. Bastava serem como as formigas e não serem invejosos
– simples!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Beijinhos,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>o normal anormalhttp://www.blogger.com/profile/17590934519225789300noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8495756343147032036.post-60169665763248212202012-07-16T08:37:00.000-07:002012-07-16T10:48:14.339-07:00A partícula de Deus<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Há tempos aconteceu-me algo
extraordinário, mesmo! Algo incompreensível, uma bizarra sucessão de
acontecimentos de tal maneira inacreditável a infinita possibilidade de tal
poder acontecer, que não conseguindo imaginar sem por sombra de qualquer dúvida
o responsável de tamanha façanha, remeto para Deus de modo a fazer-me entender…
simplesmente!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Roubaram-me o carro!
Suponhamos que é o nascimento de cristo, ok? Existe um antes e um depois,
certo? Antes de me roubarem o carro e depois de me roubarem o carro. O carro apareceu
entretanto. Foi um indigente que vive por ali na zona onde resido que agarrou a
oportunidade do carro destrancado com a chave lá dentro e que durante dois
meses e pouco viveu literalmente dentro do carro, até que foi apanhado. Para
além do cheiro a corpo compreensível e alguma sujidade o facto é que estava
tudo na mesma. O cinzeiro limpo, os postos do rádio, os óculos, tudo. Ora,
seria suposto eu desejar qualquer coisa de mal ao pobre homem, mas não consigo.
Será isto a compaixão?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Passados dois dias uma
senhora a quem ajudo na estrada porque com a chuva fez um peão mesmo ali à
minha frente, e depois de a ajudar diz-me que sou um anjo… no meio da
autoestrada. Passados dias e numa ocasião completamente diferente, o meu irmão
cruza-se com o meu carro a ser conduzido por alguém numa das ruas em que circulo
diariamente. Duas vezes! É impressionante! Eu já tinha feito o funeral ao carro
e o meu irmão cruzou-se duas vezes com o meu carro e não o apanhou. O meu irmão
não é bêbado, ia com um amigo e os dois tiveram mais que tempo de ver que era mesmo
o meu carro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfK_VCZ_t6UxHbG-OQlMIi5jKM8VOjVntzijkHKKH1cpbGLQgedU8ed_Ncea8yfWvABIecGc0YLY18EQ-jXoD6v1YeRZIANB0gEHKN5SDLjUdpmF5tGXVEV4h0nN7mN6jb7pnUcTQrYlAZ/s1600/A+particula+de+Deus.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfK_VCZ_t6UxHbG-OQlMIi5jKM8VOjVntzijkHKKH1cpbGLQgedU8ed_Ncea8yfWvABIecGc0YLY18EQ-jXoD6v1YeRZIANB0gEHKN5SDLjUdpmF5tGXVEV4h0nN7mN6jb7pnUcTQrYlAZ/s320/A+particula+de+Deus.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Entretanto e como já me
aconteceu várias vezes na vida - o fim de uma relação - um vazio que fica, um
sentimento de nada ou neste caso do fim de uma relação que deixou de ser
amorosa para dar lugar a outra coisa. Ou a perda de um objecto, ou de um animal
de estimação, ou de um carro, ou ainda e tomando como exemplo e com todo o
respeito, um ente querido. Afinal de contas coitados daqueles que nunca
experimentaram a perca de um amor, ou de algo. A vida compreende a morte,
certo? Não é a morte que gera vida, mas antes a vida que até das cinzas renasce
se for preciso. É a vida que permite a existência da morte. Assim sendo e com o
tempo, o vazio daí resultante vai-se “arrumando” e o espaço dai resultante
começa a aparecer do nada. Espaço para isto, tempo para aquilo, sei lá, é uma
loucura de espaço e tempo. Uma pessoa depois do luto, renasce das cinzas.
Sempre me deixou curioso aqueles homens ciganos que se vestem de preto e deixam
crescer a barba. Há maneiras e maneiras de gerir as percas e fazer o luto. É
preciso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Ando feliz. Assim, de repente…
Quer dizer, na altura não foi de repente mas agora até parece. No período em
que o carro foi roubado questionei muito a existência de Deus. Era o que mais
faltava se eu não pudesse questionar Deus, como algumas pessoas chegaram a
comentar. Cada um fala com Deus como muito bem entender, querem lá ver? Adiante,
pois no momento em que percebo que fiquei sem carro pensei – “Já que perco o
carro e vou ter de sentir este vazio, termino também a relação. Algo há-de
acontecer.” O Bernardo Sasseti faleceu entretanto, logo uns dias a seguir ao
roubo. Fiquei mesmo furioso com Deus. Chamei-lhe nomes e tudo. Ele é parvo ou
quê? Leva lá a porcaria do carro, mas o Bernardo? E a seguir a mulher do Miguel
com um cancro. “Que se lixe o carro!” – pensei, e fiz-lhe o funeral e pronto! Até
nem tinha vendido o outro, foi só voltar a trocar os documentos. Durante quatro
anos juntei moedas para fazer uma viagem com os miúdos, mas optámos pelo carro
e continuar a juntar moedas e afinal nem viagem nem carro. Continuei com a minha
vida normal, mas envolto de pensamentos estranhos até sobre a minha própria
existência. Fiquei mesmo triste.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">No meio de todos estes acontecimentos os meus filhos vieram
passar as férias comigo. Fico sempre muito preocupado com o bem-estar deles. Adoro
estar com eles e quando estou com eles parece que fico patareco ou lá o que é.
São dois filhos bestiais, seres humanos de exceção. Creio que têm sido eles que
me têm ajudado com as suas opiniões e comentários e até sobre este assunto
observo neles uma aceitação pacífica de todo o desenrolar destes acontecimentos.
Para eles aparentemente não há drama nem mistério. Para mim tem sido uma
viagem, ufa!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Por vezes ocorre-me uma
frase que me lembro da missa cristã – “Ele está no meio de nós!”. Já tenho 47
anos e é óptimo. Dá-me experiência e alguma sapiência. É preciso ter anos de
vida e experiências diversas e profundas. É preciso experimentar por exemplo
Meditação, Tai Chi Chuan, Drogas, Tango, Cientologia, Cristianismo, Sexo,
Budismo, profissões diferentes, relações diferentes, comida diferente, viajar,
e mais, e mais, e mais... Fazer teatro, ter filhos, plantar árvores, construir
casas, ler e escrever muito, e acima de tudo é preciso saber amar e ter a
capacidade e humildade de aceitar que há coisas inexplicáveis. Talvez seja essa
a verdade da própria existência de tudo – a inexplicabilidade da própria
existência de um principio de tudo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Aqui sentado na sala,
sozinho… a escutar os relógios de parede que sem corda param dando a estranha sensação de que o tempo também pára, já nem compreendo se estou a escrever para mim ou para alguém. Sei
lá… Isto não é fácil… Parece o Matrix… credo! Mas que Ele está no meio de nós,
isso eu não duvido. É só apanhá-lo e vais ver - os números do euro-milhões, já
para cá!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Beijinhos.<span style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></div>o normal anormalhttp://www.blogger.com/profile/17590934519225789300noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8495756343147032036.post-54492691309533405922012-06-29T10:28:00.002-07:002012-06-29T11:06:42.468-07:00A Merkel aos pulinhos<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Há tempos vi a Merkel na
televisão, sem mala, ela é daquelas mulheres que deita por terra a teoria de
que só na televisão é que as mulheres não usam mala. Não me recordo de a ver de
mala como é normal as mulheres usarem. E vi-a aos pulinhos toda contente depois
da Alemanha, no campeonato europeu de futebol, ter ganho. De repente aquela
mulher de quem se fazem as mais justas caricaturas tal é a peculiaridade física
e até de atitude, de repente mostra como se diverte sendo que os políticos não
se sabem divertir, à exceção talvez do Alberto João que no Carnaval mostra como
se gosta de divertir no meio das massas. Pois a Merkel à imagem da maioria dos
alemães tem uma maneira de se divertir que nós os portugueses dificilmente
entendemos, a não ser a classe política que consegue interpretar nos mais
subtis gestos o que lhe vai na cabeça, independentemente da maneira como ela se
regozija com a vitória da Alemanha.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Tenho página no Facebook e
tem sido através dessa extraordinária nova maneira de estar no mundo que me
tenho apercebido da falta de informação que nós portugueses temos da Alemanha e
do que de facto se lá passa. Somos assim, pequeninos. E como aquilo é para lá
de Espanha as pessoas vulgares não se preocupam. Por outro lado deve haver
poucos jornalistas portugueses que falem alemão, resultando assim numa falha
grave da informação que realmente deviam ter da Alemanha. Será? Desta vez a
Alemanha e mais uma vez voltou a perder com a Itália. Aquilo já se tornou um
pesadelo nacional para os alemães. Eles “já sabem” de antemão que vão perder
com a Itália. Eles sentem isso. É um sofrimento. Mas eles não desistem, são
persistentes, lutam até à última, tal como nós. Não sei se a Merkel estava a
ver o jogo em que a Alemanha perdeu com a Itália, mas se não estava é natural.
Se conhecermos bem os alemães seria previsível que ela não arriscasse chorar em
público (pouco plausível).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiehwijWu9kl-S6jho7-N_r4hDmBpV2mwK5SQtITFgXnyg79y5xmHg6z3yIrBU0KVD6Vx5qZSOCD3BfqJVfIOSKphFAiigoan_Oq8niBglMd28sFNsHHlj4abFCIx4DIrbDtGAlvWJUbfcz/s1600/A+Merkel+aos+pulinhos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="251" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiehwijWu9kl-S6jho7-N_r4hDmBpV2mwK5SQtITFgXnyg79y5xmHg6z3yIrBU0KVD6Vx5qZSOCD3BfqJVfIOSKphFAiigoan_Oq8niBglMd28sFNsHHlj4abFCIx4DIrbDtGAlvWJUbfcz/s320/A+Merkel+aos+pulinhos.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">A Merkel é originária da
antiga Alemanha de leste, ou Alemanha Oriental. A Merkel tal como os alemães
dali é racista, não se sabe divertir como nós, nem tão pouco sei se já terá ido
alguma vez à praia dar uns mergulhos, agora que penso nisso… credo, enfim há
gostos para tudo, deus me perdoe. Os Alemães perderam com a Itália e quem
marcou os dois golos foi um africano. A história não deixa de ser curiosa já que
o Hitler, nem de propósito que anda para aí uma paranoia sobre a Alemanha e o
medo de uma propensão para os extremismos, também levou uma “trepa” de um
afro-americano nos jogos Olímpicos. Ninguém gosta de perder e os alemães também
não. E a Merkel não gosta de perder e tem o apoio de todos os alemães, só que
ela é dali daquela parte da Alemanha onde não há africanos. Por outro lado é relevante
pensar-se que a segunda cidade com mais turcos no mundo é Berlim. E a coisa é
de tal maneira abissal que pelo facto de haver tantos turcos nascidos já na
Alemanha a estatura média na Alemanha ao contrário de continuar a crescer até
diminuiu. A sério! Por causa dos turcos os alemães estão mais baixos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Se há razões para haver
algum tipo de receio é óbvio. Putin não gosta do Ocidente, é natural e
compreensível e eu estou convicto que não obstante os russos não falarem com os
alemães, se for necessário eles aliam-se de um pé para a mão. Não podemos nunca
não tentar entender os alemães. Será um erro crasso e de uma infantilidade
extrema. Neste momento estamos perante duas europas, a dos que emprestam e a
dos que pedem. Ainda não percebi como é que uns têm euros para emprestar e
outros têm de pedir euros emprestados, afinal de contas não era suposto ser uma
europa comunitária? Enfim, os norte americanos têm dado tiros nos pés uns atrás
dos outros. E claro, tem sobrado para os europeus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Pensar-se que foi bom os
alemães terem perdido com a Itália é um erro crasso. Os alemães nunca perdem.
Aos alemães passa-lhes rápido a derrota para dar lugar a um orgulho desmedido
que lhes dá força para continuarem a trabalhar e a produzir automóveis mesmo
que não os estejam a vender à velocidade que os fabricam. Vai ser giro vai!
Vamos ver…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Beijinhos,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>o normal anormalhttp://www.blogger.com/profile/17590934519225789300noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8495756343147032036.post-43338579117072205502012-06-25T05:20:00.003-07:002012-06-25T05:37:10.629-07:00O dedo entalado e o homem robot<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Há tempos o meu filho
Manuel, que curiosamente me tem ajudado a compreender-me a mim próprio tais são
as semelhanças de comportamento que me vejo nele, entalou o dedo na perna da
cama. Não obstante ter visto a irmã com um dedo lá entalado em outra ocasião e
ouvido da garganta dela um grito que espero nunca mais voltar a ouvir na vida.
Eu estava na cozinha e de um lapso de tempo para outro eu estava no quarto dela
com a cama no ar em peso enquanto ela olhava para o dedo que sangrava. Ser pai
pode ser curioso na medida em que nos faz reagir de uma determinada maneira ou
ter eventuais emoções que de outro modo não faço ideia de como se possam
sentir. Só tendo filhos de facto… e amá-los a sério, claro. Adiante.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Desta vez foi o Manuel,
coitado. Ele é forte, aliás eu já lhe pedi para ele se queixar com mais
antecedência em vez de aguentar até ao limite, ou para lá dele, pois se ele
sair a mim - aguenta-se muita coisa. Só que ele é meu filho e tem onze anos, é
diferente. Pois o Manuel entalou o dedo à séria, o polegar. Ó pá! Aquilo ficou
uma miséria, vai cair a unha e essas coisas. Mas ficou mesmo uma miséria,
credo. Nessa noite e de caminho para o hospital ele adormeceu, o que me levou a
pensar que se dorme é porque não será grave e talvez seja melhor dormir. Adormeceu
logo. No dia a seguir organizei o dia da maneira mais civilizada possível.
Ainda não conheço bem o “sistema” e fui à esquadra que já sabia onde ficava e
perguntei onde poderia ir com o miúdo tratar do dedo. Indicaram-me como é
lógico o centro de saúde da área da minha residência. Fiquei a saber que é
perto de minha casa, ótimo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVAhYm7yOKm7-UtSc5OUEXkV_5CGGHlM-MY18dnzJBDwpdPS-u1En5YQLT04SMVq0WLmFQTpwsuv_rA8cNhVaoTTEaaKnOC59kDdG12Qi6Mm3YzunUArZPdhDtIc_kS75kwLQNM0oG3bOy/s1600/O+dedo+entalado+e+o+homem+robot.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVAhYm7yOKm7-UtSc5OUEXkV_5CGGHlM-MY18dnzJBDwpdPS-u1En5YQLT04SMVq0WLmFQTpwsuv_rA8cNhVaoTTEaaKnOC59kDdG12Qi6Mm3YzunUArZPdhDtIc_kS75kwLQNM0oG3bOy/s320/O+dedo+entalado+e+o+homem+robot.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">No centro da saúde de Paço
de Arcos disse ao Manuel para falar ele e ele mostrou o dedo ao senhor atrás do
balcão e explicou que o tinha entalado e precisava que alguém o visse. O senhor
perguntou-lhe onde é que ele morava e ele respondeu que mora em Telheiras com a
mãe. Faz sentido na medida em que é isso de facto que acontece quando não está
a viver comigo, o pai. O senhor informou o Manuel que não podia ser visto ali
pois o Manuel não reside em Paço de Arcos. Que tem de ir ao Lumiar. Ficámos
todos em silencio inclusive o senhor a quem eu fiz questão de dizer que o mais
certo era já ter morrido e nem saber. E que talvez ele não soubesse mas
devem-lhe ter tirado o cérebro e trocado por uma cassete igualzinha aquelas que
outros portugueses também usam em vez do cérebro, e que não era normal um homem
com aquela idade responder a uma criança de 11 anos que não lhe pode ver o dedo
a sangrar por causa da morada, quando o Manuel, sendo meu filho tem todo o
direito de ser atendido ali pois eu moro ali… espero que faça sentido o que
escrevi pois não é fácil resumir tanta estupidez junta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Saímos do centro de saúde e
fomos à farmácia. O Manuel doía-lhe o dedo e aquilo de facto estava muito feio.
Na farmácia o rapaz do balcão sugeriu-nos irmos ao enfermeiro x (não escrevo o
nome para defender o dito enfermeiro não vá algum estúpido que trabalhe para o
“sistema”, se pôr com coisas). O enfermeiro x é um milagre! O dito homem, já
avô, tratou do Manuel como se do próprio neto se tratasse. Eu estava lá e vi. A
primeira pergunta que fez ao Manuel foi onde é que ele se tinha entalado e se
lhe doía e que ia já tratar do dedo e que não se preocupasse. Só me faltou
chorar. Eu não chorei mas o Manuel chorou um bocadito, coitado. Uma parte da
unha tinha-se partido e estava enterrada debaixo do resto da unha que irá cair
para dar lugar a uma nova. O enfermeiro fez-lhe festas, deu-lhe palmadinhas nas
costas, cumprimentou-me a mim e no fim disse que são quinze euros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Eu paguei os quinze euros em
dinheiro vivo, não pedi recibo e já lá voltei para trocar o penso como
combinado e já está combinado outro penso dali a dias. O que é que o estado tem
a ver com isto? Nada! E espero que não se meta no assunto senão vou mesmo às
fuças a alguém. Comigo ainda podem “brincar” aos serviços de saúde, mas com o
meu filho não… por favor. Isto que se está a passar só não vê quem não quer. O
sistema gripou, faliu, desumanizou-se e agora estamos entregues a uns putos que
estão no governo a fazer experiências baseados em números e estatísticas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Enfim… isto vai dar merda –
como se diz em português correto. Ou se não estiver correto não me levem a mal
mas eu às vezes até já nem sei escrever, tal é a confusão que os tais putos -
secretários de estado e afins, criaram inclusive com a língua portuguesa, como
se tal fosse possível… e até foi. Impressionante! Credo!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Beijinhos,<span style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></div>o normal anormalhttp://www.blogger.com/profile/17590934519225789300noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8495756343147032036.post-55199221882185586422012-06-10T06:46:00.001-07:002012-06-10T06:46:26.191-07:00Fernando Pessoa<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Há tempos estiver a ler
Fernando Pessoa, que é o mesmo que dizer fui ao Brasil sem se dizer onde
especificamente tal é a imensidão do que ele escreveu. Adiante… estava sentado
no meu terraço, Sábado à tarde na companhia dos meus filhos, almoçámos coxas de
frango no churrasco. Da próxima vez têm de ficar mais tempo nas brasas, ficaram
ótimas mas podiam ter ficado melhor, provavelmente se fosse um daqueles
programas sobre cozinha e culinária o chefe diria que estava uma porcaria e com
razão. Se é possível a excelência, porque não atingi-la? No caso concreto e
para poupar no carvão apaguei o lume antes de ter verificado se de facto as
coxas estavam realmente assadas. Por fora parecia mas por dentro a carne junto
ao osso ainda se encontrava um nadinha em sangue. Quase nada. Como se não
importasse. A ver se passa (que não foi o caso), ou a ver se não dizem nada, ou
então perguntar se está bom que, claro, dizem logo que sim… a não ser que
esteja nitidamente impossível de deglutir, talvez mastigar para poder fazer
aquela cara de quem ficou surpreendido e depois curioso e depois desagradado e
depois pensativo e depois uma pequena troca de olhares e fora com aquela coisa
da boca.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_eexVUXKL6cAOKoawcOFJrvlc5jbmJHaZfy_wlWih7cVhfBddXtSmBm4wHCs4tRez8fNORtqdIxN8UKA3rTWdCnnVHgq7qMlJkMnuZY9xfQcfvXrJ5Rgktwo_AM-c4aU1-WYv8RbiSai0/s1600/Fernando+Pessoa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="253" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_eexVUXKL6cAOKoawcOFJrvlc5jbmJHaZfy_wlWih7cVhfBddXtSmBm4wHCs4tRez8fNORtqdIxN8UKA3rTWdCnnVHgq7qMlJkMnuZY9xfQcfvXrJ5Rgktwo_AM-c4aU1-WYv8RbiSai0/s320/Fernando+Pessoa.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Ao almoço bebi finalmente
uma cerveja alemã vinda mesmo da Alemanha pelas mãos de uma amigo. Até os meus
filhos provaram. Tinha no final da língua um sabor a água-mel, uma espécie de
geleia de mel formidável para se juntar ao gelado de natas no verão. Este ano
não tenho água-mel mas fiz algo que está a curar, com gengibre, açúcar, anis e
lucia-lima, planta que adquiri à pouco tempo e que juntamente com as que já
tenho fazem do meu terraço um lugar de cheiros, de sensações que se confundem
com memórias de outros lugares e de outras ocasiões. Curiosamente o cheiro não
tem lugar nem tempo. Cheira sempre a qualquer coisa. Li algures que no Japão
por exemplo não usam produtos de limpeza para a casa de banho com cheiro a
limão. Seja ou não verdade, o facto é que fará algum sentido. Uma pessoa vai à
casa de banho, entra, levanta o tampo da sanita e vem de lá um extraordinário
odor a limão. O velho truque tão aprimorado pelos franceses. Disfarça-se o
cheiro proveniente do interior com um cheiro mais forte e que nos transporte
para outro espaço de tal modo que os anúncios fazem com que a sanita apareça no
meio de prados verdejantes.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Ora a questão é que voltando
da casa de banho para a sala de estar, ao convívio com os amigos, não deixará
de ser estranho pedir-se uma coca-cola com gelo e limão. O cérebro naturalmente
regista cheiros e associa-os a coisas. E quando pegamos no copo e vamos dar uma
chupadela na palhinha para um agradável gole de cola entra-nos pelo nariz um
cheiro que associamos a limões e outra coisa qualquer que por uma razão de pura
lógica o mesmo cérebro cria bypasses para não pensarmos que estamos a beber
sabe deus o quê. Enfim… Sempre me questionei se será verdade ou não esta
questão dos cheiros da casa de banho. Pessoalmente não gosto muito do cheiro a
alfazema. Como tenho alguma alergia na Primavera talvez o meu cérebro associe o
cheiro da alfazema à alergia criando aí uma associação que ultrapassa o meu
controlo lembrando-me que eu só controlo conscientemente 10 por cento dos meus
gestos. O resto é inconsciente. Mais uma vez e a ser verdade é extraordinário
que só controlemos 10 por cento da nossa vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">E quando li com atenção Fernando
Pessoa, apeteceu-me escrever… Talvez ele esteja a ler… algures… era giro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Beijinhos.<span style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></div>o normal anormalhttp://www.blogger.com/profile/17590934519225789300noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8495756343147032036.post-77834401608879584422012-06-06T04:36:00.000-07:002012-06-06T04:57:15.161-07:00Mentir mata<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Há tempos, pareceu-me ver um
homem já feito, de fato e gravata, com ar solene a ver confrontado por uma data
de gente que o responsabilizavam por uma serie de questões ao que ele não retorquia
mas deixava para outro a sua defesa. Ora, ele, não obstante a indumentária
espelhava na cara, coitado, talvez saia a alguém da família que não lhe passou
uns bons genes, mas como dia, espelhava ser mentiroso sem margem para duvidas.
Aquilo na televisão até é constrangedor. Ver um homem que mentiu com os dentes
todos ser humilhado publicamente daquela maneira não é de facto para todos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Curiosamente fico com a ideia de que não é grave. Ao que
parece a política e os que dela dependem habituaram-se a mentir. Às vezes nem
sonhamos que eles estão a mentir tal é a desfaçatez e à vontade com que o fazem.
Chega-se a pensar que talvez faça parte da escolaridade obrigatória – o mentir.
Talvez esteja nos genes. Talvez os políticos saibam que mentir faz parte do
jogo. Sabe-se lá qual a necessidade de mentirem tanto e com tanta petulância.
Às vezes mentem uns aos outros e nós todos a vermos na televisão e ao vivo.
Será que eles percebem que nós estamos a ver? Credo que aquilo é demais. Se um
filho meu me mentisse daquela maneira eu tinha de tomar uma atitude em
conformidade de modo a que ele percebesse que há consequências sérias quando se
mente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFmjhAUMBbJXhfdGJ_fzPot7Yc844ea17-gBT7fuiF3qPFplxZNdTG7eN92M9ASWOe1Bv8a5fwQwtPT2xKiVxbXtWuvG-CqK5w-xCbOWyu-3dsOvNJkHl7mEmy89NUez96um0fysT698LW/s1600/Mentir+Mata.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="242" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFmjhAUMBbJXhfdGJ_fzPot7Yc844ea17-gBT7fuiF3qPFplxZNdTG7eN92M9ASWOe1Bv8a5fwQwtPT2xKiVxbXtWuvG-CqK5w-xCbOWyu-3dsOvNJkHl7mEmy89NUez96um0fysT698LW/s320/Mentir+Mata.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Vivemos um paradigma
curioso. Vejamos o caso do tabaco. Há tempos alguém me oferecia para eu
experimentar um cigarro que tem algo no filtro que se pode esborrachar fazendo
com que o fumo cheire a mentol. Justificava essa pessoa a adopção desses
cigarros pelo facto de que quando acaba de fumar não fica com a boca a cheirar
a tabaco. E pasme-se – mais barato que os cigarros normais. No entanto tanto um
como o outro maço têm escarrapachado em letras garrafais na face principal da
embalagem dos cigarros a seguinte frase “Fumar mata”. Não deixa de ser curioso.
O meu filho por exemplo sabe que eu fumo e não morro. Insisto em não morrer por
cauda dos cigarros, mas no entanto está lá escrito que se morre. As máquinas de
venda de cigarros são verdadeiras obras de arte. As caixas de cigarros é só
design altamente apelativo e no entanto matam. É muito estranho.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Há tempos também
descarreguei um jogo para o telemóvel. Dizia grátis, no entanto e a partir do
dia em que fiz o descarregamento do jogo, aceitei sem saber, que me sacassem 4 euros por semana a pretexto de uma qualquer acumulação de
pontos para adquirir mais jogos. Só dei conta passado umas semanas pelo que o
que dizia grátis já não é grátis. O meu conceito de grátis é diferente do
conceito da minha filha por exemplo. Ela sabe que pelo facto de dizer grátis
não significa que não tenha agregado à oferta grátis uma cláusula qualquer que
enterra um tipo até aos ossinhos. Ou seja – é mentira. Há quem defenda que não.
Que se eu tivesse lido o contrato... Aquilo está em letras minúsculas, num
texto que não tem fim e passa no ecrã do telemóvel que convínhamos para a minha
idade é cansativo esforçar a vista para conseguir ler tudo. Devia ter feito o
esforço. Não fiz. Sofri as consequências.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 14pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ver políticos a mentir é triste.
O que não é triste e até muito curioso é pensar que são seres humanos,
inteligentes, capazes, iguais a qualquer outro ser humano e no entanto mentem
desalmadamente. Porquê? Dinheiro? Poder? Talvez ou sem duvida. Laborinho Lúcio,
informou os responsáveis por inúmeras cadeias espalhadas pelo país que terão de
se preparar para receber um novo tipo de clientes (detidos) de “colarinho
branco”. Que são pessoas diferentes e como tal têm de ser tratadas de maneira
diferente. Ora, nem vão presos e serem diferentes de facto são, mentem com um
descaramento e finuras impressionantes de tal modo que chegam a fabricar uma
realidade que não existe.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Havia de estar lá na
Assembleia escrito em letras garrafais para todos lerem – “Mentir mata”. Assim
como assim não muda nada e fica bem. Dá assim uma espécie de sensação de
responsabilidade e consciência social.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Beijinhos,<span style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></div>o normal anormalhttp://www.blogger.com/profile/17590934519225789300noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8495756343147032036.post-77691842101489354902012-05-20T06:39:00.001-07:002012-05-20T06:39:12.369-07:00Tudo é relativo<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Há tempos, dei conta que
também tenho pirilampos no meu terraço. É bestial! A quantidade de animalecos
que por ali há. Pirilampos, borboletas, zangões, abelhas, escaravelhos, vespas,
vespões, moscas, melgas, joaninhas, há uns que parecem abelhas mas não são, e
fazem muito barulho, e ficam estáticas no ar enquanto as asas fazem um barulho
“ameaçador”. E há libelinhas, e salamandras, e sardaniscas, e caracóis, e
búzios – a sério, aquilo para mim são búzios pequeninos mas búzios, e umas
lagartinhas acastanhadas, quase preto, há quem lhes chame “maria café”, e
aranhas com as suas teias nos cantos do teto e debaixo dos bancos e ali e
acolá, e morcegos, e andorinhas, melros e inúmeras variedades de pássaros dos
quais não sei o nome pois como não falamos a mesma linguagem não sei, e à noite
há um mocho enorme que faz um barulho impressionante quando voa perto e sobre o
meu terraço, as asas têm uma envergadura que deve andar no metro, faz um
barulho parecido com aquele que fazemos quando começamos a aprender a assobiar,
a sério que faz lembrar. É enorme, branco e tem a cara achatada com dois
pequenos olhos negros rodeados cada um por duas espécies de funis brancos. É
giro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Também há umas aves de
rapina que conseguem ficar a voar no mesmo local. Ficam ali no mesmo local,
aparentemente pois fazem-no a grandes alturas, durante um ou dois minutos
talvez, não sei. Já lá vi o que julgo ser um casal dessas pequenas aves de
rapina. Normalmente os melros são os primeiros a dar o alerta. Distinguem-se
perfeitamente os seus avisos e por breves instantes parece que tudo pára. Os
coelhos costumam aparecer a meio da manhã. Da ultima vez que os vi haviam dois
pequenitos. Como o são os ratos do campo. Até são giros. Pequeninos e sempre
muito despertos e alertas. Foram eles os bandidos que me atacaram a abóbora que
a minha mãe me ofereceu, abrindo um buraco e comendo as pevides todas deixando
as cascas como prova. Só dei conta que eram ratos quando fui limpar por baixo
da prateleira dos utensílios de jardinagem. Pássaros não fazem aquilo, e o meu
hamster fazia isso, igualzinho. Foi-me difícil aceitar de animo leve que todos
os dias há um bando de enormes papagaios verdes que ao fim do dia sobrevoam lá
muito ao alto em direção ao interior. Durante o dia instalam-se para os lados
dos Jardins do Marquês em Oeiras e ao fim do dia voam para a Fábrica da
Pólvora. Já as gaivotas nunca se sabe se voam para um lado ou para o outro. Não
me lembro de ter visto pombos mas rolas vi várias.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixFdL5SSJdQVURoDHhEd7wb1Pu2DjW2uprGUwIUFHydLfJDliS96adyV3nGzUSTmaDx8YyQr8NB00uRDorE6yXj2_aNz-X6QKYZhy85xDeiPPJd_ZL78FgtdSzr85vUbGBcCwtu1kac2Z4/s1600/Tudo+%C3%A9+relativo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixFdL5SSJdQVURoDHhEd7wb1Pu2DjW2uprGUwIUFHydLfJDliS96adyV3nGzUSTmaDx8YyQr8NB00uRDorE6yXj2_aNz-X6QKYZhy85xDeiPPJd_ZL78FgtdSzr85vUbGBcCwtu1kac2Z4/s320/Tudo+%C3%A9+relativo.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Ontem estava sozinho na sala
a ver televisão e entra-me um gato pela sala dentro e vai até à cozinha.
Esperei, esperei e fui lá, quando acendi a luz ele esgueira-se entre mim e a
porta e sai a correr pela sala, sentando-se logo a seguir à porta, no terraço a
lamber-se. Nunca o tinha visto e não sei se o voltarei a ver. Às vezes há por
ali uns cães, com pedigree, de caça ou da rua, farejam tudo ao que parece à
procura de algo, sempre freneticamente, é curioso. Não sei se apanham alguma
coisa mas o facto é que quando isso acontece leva dias a repor a ordem. Sei
isso por causa dos melros e dos seus gritos de alerta que se deixam de ouvir.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Gosto de observar as coisas
mesmo ao pé de mim. As que temos como garantido. Por estarem sempre ali deixo
de as observar e de ver quão belas e bonitas são. Também tenho flores no meu terraço,
lindíssimas. Rosas de várias cores e outras. Estou à espera que a “dama da
noite” dê flores. Disseram-me que é um cheiro inebriante. Também tenho
“lúcia-lima” e poejo e alfazema. E todas elas com necessidades de
abastecimentos de água diferentes, não é fácil. Às vezes engano-me e quase que
morrem. Mas estão todas formidáveis. Não sei quanto tempo levo a observar todos
estes seres extraordinários no meu terraço ou a partir dele mas uma coisa eu
sei, quando estou ali a tratar das plantas faço por estar consciente do momento
e do que observo, nessa altura o tempo parece parar. Parece que algo mágico
acontece e o tempo deixa de existir. E pensando bem deixa mesmo, na medida em
que fomos nós que inventámos o tempo para mal dos nossos pecados e a natureza está-se
a borrifar para nós e para o nosso tempo, na mesmíssima medida em que nós
borrifamos para ela. Isto não falha.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Ando cheio de alergia, outra
vez, bolas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Beijinhos.<span style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></div>o normal anormalhttp://www.blogger.com/profile/17590934519225789300noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8495756343147032036.post-65350495397841298762012-05-16T04:12:00.002-07:002012-05-16T04:55:22.411-07:00Bernardo Sassetti<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Há tempos, passei um momento
estranho na minha vida. Algo extraordinário que me tem feito pensar imenso
sobre a vida. Não que eu não faça quase todos os dias mas de facto e por vezes
acontecem-nos coisas que nos deixam assim meio letárgicos. Adiante… Eu já
reconheço em mim esses momentos e quando me acontecem já sei por experiência
própria que o melhor é esperar. O tempo, essa coisa também extraordinária,
ajuda imenso. E deixá-lo passar sem nada fazer pode ser uma viagem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Durante quatro anos acumulei
moedas. Nem sei bem porque comecei a juntá-las mas o facto é que consegui
acumular 7500 euros. Falei com os meus filhos e concordámos que não seria pior
se em vez de irmos fazer a viagem que era o objectivo optássemos por adquirir
uma viatura mais económica. Assim foi. Escolhemo-la e comprámo-la. Passados
doze dias roubaram-nos o carrito novo. Ora bolas! Ficaram algumas fotos e a
felicidade que esse carrito nos deu durantes alguns dias. No dia em que mo
roubaram à porta de casa fartei-me de chorar. Cheguei mesmo a perder a vontade
de estar de pé. Vá lá que me ficou a ideia de que sou uma pessoa persistente e
perseverante. Acho que foi bom os meus filhos terem sentido isso. Que é possível
acumular-se moedas a tal ponto que com isso se pode comprara um carro em vez de
ir ao banco e prostituir-me. Simples.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Depois e num processo
interno comecei a tentar arranjar explicações minimamente razoáveis para o que
me sucedeu. Cheguei a imaginar o meu carro "velho" que felizmente ainda não tinha
vendido ganhar vida, e com ciúmes atirar o novo ao rio. É que durante esses doze
dias estacionei o carro “velho” mesmo em frente da porta do meu prédio, sendo
que todos os dias ao sair de casa trocávamos olhares. Eu com a consciência pesada
de me estar a desenvencilhar dele e ele (o carro “velho”), ali, parado, sem
pestanejar a olhar fixamente para mim. Tal como naqueles filmes dos “Transformers”,
ou lá o que é, o meu carro “velho” deve ter-se irritado e pronto, afogou o
carro “novo”. Sei lá. É possível, não? Por outro lado e num registo mais espiritual,
culpei Deus, esse incógnito de me ter feito tal coisa. Se Ele está em todo
lado, certamente estava no local e no momento em que me roubaram o carro “novo”.
É um mero raciocínio lógico. Foi Deus, pronto. É obvio que não foi o carro “velho”
pois eu sei que as máquinas não têm vida… eu sei… acho… lembro-me quando era miúdo,
olhar várias vezes para o Pinóquio na expectativa de o ver mexer. Fingia que
estava distraído e de repente tentava apanhá-lo a mexer-se. Enfim… coisas de miúdos,
claro… ou nem tanto… sei lá…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOjknydJh8KmtIkQgYhgfws9jSlFik-pIcfIsVkJBHmhLmZr3jQ4TaAlmkBPThYfcwpiJ1F2-fbr1K7VhsyquWaUd2-7TzUYvVZsQ1xznM7xLH3sIF36sddOEPA6vTHRSuCFuBVNdAKATS/s1600/Bernardo+Sassetti.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOjknydJh8KmtIkQgYhgfws9jSlFik-pIcfIsVkJBHmhLmZr3jQ4TaAlmkBPThYfcwpiJ1F2-fbr1K7VhsyquWaUd2-7TzUYvVZsQ1xznM7xLH3sIF36sddOEPA6vTHRSuCFuBVNdAKATS/s320/Bernardo+Sassetti.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;">Passados alguns dias dá-se a
morte trágica do Bernardo Sassetti (se não sabes quem é, afianço-te que é
triste, pois se vivêssemos num país um pouco mais culto saberias de certeza de
quem falo). Eu que até gosto de falar no facebook, que até andava mesmo triste
por causa do furto do meu carrito “novo” até tenho vergonha de falar no
assunto. A sério. Se me fosse possível eu daria de bom grado mais carros se
isso trouxesse de volta o Bernardo e o que ele representava para mim. Um dia
apanhei-o na rua e ofereci-lhe uma das nossas almofadas de caroços de cereja. Ia
com a minha filha e fiz questão de lhe dizer que eu e a minha filha dançámos
muitos ao som da música dele. Ela </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;">bebé</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;">, ao meu colo, com a cabeça encosta ao meu ombro, os dois a dançarmos o "Sonho dos Outros"... lindo. Ele não imagina como foi importante a música dele
na minha vida. Principalmente a companhia que me fez em períodos mais
conturbados da minha existência. Enfim... foi mesmo!</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;">Há-de haver uma razão muito
forte para teres levado o meu carro, mas o Bernardo? A sério Deus. Escuta…
tenho uma proposta para ti. Levas-me o outro carro, o "velho" mas que está </span><span style="line-height: 18px;">óptimo</span><span style="line-height: 115%;">, afianço-te, e devolves-me o Bernardo, pode ser? Sei
lá pá, pelos vistos gostas de carros e se calhar até gostas do meu carro “velho”.
Se por alguma razão te ocorrer voltares a cometer a proeza de ressuscitares
alguém pensa no Bernardo. A sério pá. Olha que fiquei muito triste contigo.
Tantos que para aí há que só dizem e fazem disparates…<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Quero lá saber do carro que
até tenho vergonha da tristeza que senti por o ter perdido comparado com o Bernardo que esse sim me faz muita
falta… muita mesmo! És uma besta Deus! Cada vez compreendo mais o Saramago e
concordo com ele. És estúpido e filho de alguém que não sendo puta há-de andar
triste contigo pois e a julgar pela história da humanidade olha que deixas
muito a desejar. E depois ainda me vêm com a história das “Pegadas na Areia”,
vão-se lixar todos vocês que aceitam isto como uma vontade de Deus... eu não!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Adeus Bernardo, até um dia
destes… <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Beijinhos,<span style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></div>o normal anormalhttp://www.blogger.com/profile/17590934519225789300noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8495756343147032036.post-88975149455605302592012-03-21T09:23:00.000-07:002012-03-21T09:23:04.754-07:00Palavra de honra<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Há tempos percebi e não foi assim de repente, foi um processo complexo de raciocínios lógicos dentro da minha cabeça. É sempre assim, começo a pensar e pronto, não paro. Uma maçada. É desgastante às vezes mas cá vai…<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Palavra de honra! Há muito tempo que não oiço esse termo dito com alma, dito como quem diz qualquer coisa a sério, que pode ser de facto e sem sombra de dúvida, honrada pela própria palavra dita. Às vezes ainda se aplica um aperto de mão, mas alguém dizer “palavra de honra” tem sido raro, raríssimo, aliás. Ser confrontado por alguém que tem palavra de honra é quase assustador na medida em que implica algo visceral e que tem um peso enorme e acarreta as consequências previstas pela honra. Já a honra em si parece ser um conceito arcaico. Será? Por vezes parece, mas ainda há quem tenha honra nos seus actos, na sua palavra, na sua atitude. Por outro lado parecem malucos, fora do contexto. A sério… se pensarmos bem, quando é que sentimos ter pela frente alguém que honra a palavra? Quantas pessoas conhecemos que não tenhamos qualquer duvida acerca da sua idoneidade?<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjP6JXuiNCcxykFudVGHrz7kUQ6hyphenhyphenSS_3AmaZDhCHo19T0A7Kh_riZBGq6S33GT7D_ucLVvqjl22WJ4J_Om_OmC7hea72j8hX2P7q_LjrdtFz-XhhGdub2zZd7iVs41T-Uanl3a43Pqj_KT/s1600/Palavra+de+honra.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="258" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjP6JXuiNCcxykFudVGHrz7kUQ6hyphenhyphenSS_3AmaZDhCHo19T0A7Kh_riZBGq6S33GT7D_ucLVvqjl22WJ4J_Om_OmC7hea72j8hX2P7q_LjrdtFz-XhhGdub2zZd7iVs41T-Uanl3a43Pqj_KT/s320/Palavra+de+honra.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Terá sido o meu avô Xico que me mostrou pela primeira vez, que me lembre, o que é ter honra e viver nesse pressuposto. Mostrou-me que é possível ser uma pessoa de palavra. Mostrou-me que é possível dizer-se algo de cabeça erguida e não ter qualquer dúvida sobre o que se disse ou diz. Até pode ser uma coisa trivial, corriqueira, mas no entanto quando é dita com honra pela própria pessoa não existem dúvidas. Para quê um documento entre as partes? Porque uma delas ou ambas têm dúvidas acerca delas próprias ou da outra. Então redige-se um documento e pronto fica ali escrito o que não se acredita quando é dito. E isso é muito curioso. Isso por si só demonstra que não obstante poder haver confiança o melhor é deixar escrito. Quando se escreve fica ali, preso, no papel. Quando se diz é projectado para os confins do universo, seja lá o que isso signifique. Parece que no papel há mais honra que na palavra. Ou não?<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Vi há dias na televisão, com estes olhos que a terra há-de comer, dois iluminados da justiça da nossa sociedade comentarem que os contractos valem o peso do papel em que são escritos. Fiquei triste. A sério que fiquei. Dito por mim ainda vá, agora por eles… Mas por outro lado tenho sempre a sensação de que entendi muito bem o que aquelas duas sumidades queriam dizer. Grosso modo - nem num contrato escrito se pode confiar. Se pensarmos bem é aterrador quando dito por pessoas que à partida representam a justiça em Portugal. Não direi quem eram mas são sobejamente conhecidos e ultimamente têm vindo muito à televisão. A estupidez não tem limites, credo!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">A casa onde habito, por exemplo é propriedade de um cigano. A casa é óptima. Até parece que foi feita à minha medida. Os meus filhos adoram-na e eu tudo faço para que eles se sintam bem quando lá ficam. O cigano e eu temos um acordo - verbal. Por causa não sei bem do quê, ele prefere que eu lhe pague em numerário em vez de depositar no banco. Todos os fins do mês liga-me e aparece para receber a renda da casa. Não há papéis, não há nada. Eu confio nele e ele confia em mim. Eu pago e ele recebe, simples. Acho que a Segurança Social, seja lá o que isso signifique, lhe quer ir à conta. Eu compreendo-o tão bem. </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Deus me perdoe que não se pode julgar as pessoas pelo fato, mas eu que tenho alguma experiência de vida não acredito em ninguém que trabalhe no governo. E a culpa dessa situação deve-se a essas pessoas que supostamente deveriam defender a nação e os portugueses, mas que só se defendem a elas como se de uma empresa privada se tratasse.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Palavra de honra! Já cheira mal a democracia. Muito mal.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Beijinhos,<span style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></div>o normal anormalhttp://www.blogger.com/profile/17590934519225789300noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8495756343147032036.post-15160817882821738192012-02-29T06:05:00.000-08:002012-02-29T06:05:15.166-08:00No meio está a virtude<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Há tempos um amigo meu, e friso amigo pois tenho poucos como ele, não sei se ele sabe mas considero-o amigo mesmo. Daqueles que se têm uma ou duas vezes na vida. Pessoas em quem apostamos e aceitamos as coisas boas, as menos boas e as más. Sim porque para se ser amigo de alguém é preciso alimentar a amizade e a melhor maneira que encontrei até hoje de ser amigo de alguém é aceitar essa pessoa como ela é. Pois eu também não sou de modo algum virtuoso do que quer que seja. Sou humano e ainda por cima com esta mania de ter a mente aberta e achar que todas as pessoas têm valor mesmo quando aparentemente não têm. Já tive a minha cota de desilusões e estou em crer que irei ter mais. É a vida e ainda bem, faz de mim uma pessoa normal, creio.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Esse meu amigo depois de falarmos de projectos e do tempo e disto e daquilo disse-me que a mulher está grávida. Ele não disse – “Vou ser pai!”, o que é curioso. Disse – “A minha mulher está grávida.” Foi assim que eu soube da espectacular notícia que certamente irá mudar a vida do meu amigo e da mulher dele. E Deus queira, é bom sinal. Desejo sinceramente que corra tudo bem e que usufruam dos momentos bestiais que é ser pai e ou mãe. Há lá coisa melhor que ver pela primeira vez aquele ser vivo a quem passamos a chamar filhos. O cheiro, as feições, os dedos… Credo, que aquilo dá vontade de comer. Depois começam a crescer e é impressionante a capacidade de adaptação daquelas criaturas. É giro imaginar que eu também já fui assim. Também curioso e mais focado em problemas particulares. É giro vê-los crescer. Dá prazer. Ela já é uma mulherzinha e ele treina futebol a sério. Adiante…<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVLiBJuUAv5KC9rM484EP53KFOUahRMNrhtzoJwQ0PtUAQ2-8Az6kvok8nRNm4S9pVoQfSaNUmT1QfFOteAAqqeB2RzraRbpqn3hGnlBbrLXPyOOZm4yxh3_LzCsztskdbIaTRzgQt3YVR/s1600/no+meio+est%C3%A1+a+virtude+001.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVLiBJuUAv5KC9rM484EP53KFOUahRMNrhtzoJwQ0PtUAQ2-8Az6kvok8nRNm4S9pVoQfSaNUmT1QfFOteAAqqeB2RzraRbpqn3hGnlBbrLXPyOOZm4yxh3_LzCsztskdbIaTRzgQt3YVR/s320/no+meio+est%C3%A1+a+virtude+001.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Estamos em Fevereiro de 2012, mais nove meses dá Novembro. É capaz de ter acabado o Verão e a criança vai nascer com a necessidade de se vestir para não morrer de frio. E vão agasalhá-la e trata-la com todas as atenções que ela merece e por vezes cair em exageros. É natural, faz parte. E até é bom que exageros aconteçam. Faz parte de ser pai. Há que encontrar um meio-termo. Segundo conversas que vou tendo com pessoas conhecidas o mundo está a mudar de tal modo que não é possível prever o futuro nos próximos meses. Pessoalmente, estou em crer que termos deixado que as máquinas controlassem a economia mundial está a revelar-se um dilema curioso mas evidente. É impossível a economia crescer como se pretende que cresça – todos os dias e ao segundo. Nós os humanos temos limites e para mim são esses os limites que estamos a tentar ultrapassar mas é simplesmente impossível fazer melhor. A economia não pode crescer sempre. É um conceito estúpido. A sério! Ninguém come sem parar senão morre entupido com comida ou tem uma doença daquelas foleiras com nomes estranhos. Credo, que parvoíce! Um corredor profissional, por exemplo, dificilmente correrá 100 metros em menos de 9 segundos. A física não permite, simples. Então inventamos uns aparelhos de medir o tempo em fracções cada vez menores de modo a podermos, mesmo assim melhorar em centésimas de segundo os tais cem metros.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">E no entanto o meu amigo vai ser pai. Contra todas as espectativas e raciocínios lógicos o meu amigo está ansioso por ser pai. Ainda bem. Também ouvi dizer que descendemos de um vírus ao contrário de uma célula como anteriormente se dizia. E nesse caso faz todo o sentido que mesmo que o futuro seja uma total incógnita o instinto de sobrevivência das espécies mantem-se inexoravelmente igual à sua origem. O que não faltam neste mundo são exemplos de criação de vida nos locais mais inverosímeis. “Ó Jorge, nem imaginas a sorte que tens pá. Finalmente vais entender a razão da tua existência. Agora meu amigo, é a loucura dentro da própria loucura o resto é mentira ou na melhor das hipóteses a verdade que tu quiseres ver, pois há-as aí aos pontapés. É ou não é?”<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Beijinhos,<span style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div>o normal anormalhttp://www.blogger.com/profile/17590934519225789300noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8495756343147032036.post-77626142898093993782012-01-03T06:28:00.000-08:002012-01-03T06:42:53.839-08:00Milhases ou afinal mudei de ideias<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Há tempos, e a propósito de andar sempre a falar sobre o Mexia no facebook, essa figura incontornável da sociedade portuguesa, o Milhases, figura também incontornável… bem vistas as coisas são os dois importantes por razões diferentes, claro. Adiante, o Milhases sugere-me, talvez por ser véspera de Natal, que não seria pior se eu deixasse o Mexia em paz. No momento, e confesso que imbuído do tal espírito natalício até lhe agradeci. Naquele instante, naquela fração de segundo, fui apanhado desprevenido. Perdoar é de facto uma cruz. Talvez seja esse um dos grandes mistérios da humanidade, o que uns perdoam outros aproveitam-se desse perdão e no fim paga o justo pelo pecador. Ora, eu nesse instante resolvi aceitar a sugestão do Milhases que de lá da Rússia é bem capaz de ter uma melhor perspectiva do que por cá se passa. Se assim for até lhe agradeço. Compreendo bem o que é ver Portugal do “lado de fora”. Quando estamos afastados do problema temos, sobre ele, uma perspectiva mais superficial. Digo eu, não sei.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-_12IodqMLFk/TwMQWg6gmDI/AAAAAAAAARc/ifc4vhZJOV8/s1600/Milhases.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="263" src="http://2.bp.blogspot.com/-_12IodqMLFk/TwMQWg6gmDI/AAAAAAAAARc/ifc4vhZJOV8/s320/Milhases.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Hoje, dia 1 de Janeiro de 2012, acordo com a notícia de que um amigo meu de infância morreu. Daqueles que nos marcou profundamente mas só damos por isso quando inexplicavelmente e para minha grande satisfação, sem que imaginasse, quando nos reencontramos passados o quê? Trinta anos? Credo… Bom, foi uma noite giríssima. Daquelas que não se esquecem. Numa casa lá para o norte. Um reencontro de famílias. Só que agora já todos com filhos e essas coisas. Muito giro. Falei a noite toda com o Nelito, e curiosamente, falámos sobre a vida, a sociedade, a política, os governos. Enfim, eu como ex-colaborador de um jornal de referência e ele como funcionário dos serviços de fronteiras e alfândegas. As coisas que ele me disse sobre esta ou aquela pessoa, este ou aquele ministério eram aterradoramente tristes. Mais um ponto negativo a somar ao que eu considero a nossa incompetência em relação ao nosso próprio governo laxista que se vai aproveitando, a coberto de uma suposta tendência neoliberalista, para fazer o que quer e muito bem lhe apetece. É triste. A dada altura já estavam todos com ar de quem quer ir dormir e eu e o Nelito ainda esgrimavamos teorias sobre isto e aquilo. Foi a ultima vez que o vi.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Entretanto, comentei com um familiar que nem imaginava o que é que a irmã dele estaria a sentir por ter de informar os pais, já velhotes que o filho morreu. Já para não falar da mulher que à noite quando voltava de deitar a filha no quarto dá com o marido deitado no chão sem vida, resultado de um ataque cardíaco fulminante. O que é que se sente? O que é que nos passa pela cabeça? Estou perplexo. Confesso que já chorei. Não é justo… não é! Nem vou discutir Deus. Mas hoje voltei a sentir a mesma revolta que tenho sentido ultimamente, algo que me vem do coração, uma espécie de sensação de perigo inexplicável mas que está constantemente a ser relembrado. Já nem sei, por exemplo, quantas vezes é que o mundo deveria ter acabado neste últimos dez anos, a julgar pelos anúncios passados em todos os órgãos de comunicação. É impressionante como me sinto constantemente debaixo de uma tentativa de manipulação para ser infeliz e viver em terror.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;">Milhases, agradeço-te a tentativa de amenizar a minha revolta, mas não me leves a mal, o Mexia é desconcertante. Olha que veio para a televisão explicar que tem feito um excelente trabalho e que os acionistas estão satisfeitos e os trabalhadores da EDP também, e que o resto dos portugueses devia estar orgulhosa… Ora eu preferia estar satisfeito em vez de estar orgulhoso, compreendes? Dava-me jeito. Mas nem é isso. “Eles” lucram imenso e deviam baixar o preço da factura da luz mas não. Vão lucrar ainda mais com os chineses (coitados) e vão aumentar o preço da </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;">electricidade</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;">.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Até já Nelito…<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;"><br />
</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Beijinhos,</span></div>o normal anormalhttp://www.blogger.com/profile/17590934519225789300noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8495756343147032036.post-76160395680404025872011-12-05T05:18:00.000-08:002011-12-05T05:18:18.613-08:00O ovinho<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Há tempos a minha filha passa por mim na cozinha e sussurrou, talvez porque não quis que o irmão soubesse, “pai. Tenho as cuecas sujas, olha!”. Eu olhei, e nesse instante a minha vida ficou diferente… outra vez. Normalmente não damos por “elas” acontecerem, mas há coisas na vida que têm uma importância tal que são o que nos indica que a espécie humana vai continuar. Independentemente do que quer que seja, nós humanos viemos para ficar.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">A Maria já é uma mulher. Eu deveria celebrar o acontecimento com uma brutal de uma festarola, cheia de amigos. Havia de ser! Afinal de contas nós celebramos a morte e a ressurreição de um homem (Jesus, para os menos atentos) que julgamos ter existido, pelo menos queremos acreditar que sim, para bem da nossa sanidade mental. Mas a Maria já é uma mulher. Bolas! Vi-a pequenina, do tamanho de um melão, igualzinha à mãe. Aquilo parecia uma fotocópia. É curiosa a natureza e a forma como ela evolui. Comigo está tudo a correr em conformidade com o pré-estabelecido. As leis do universo são simples e nós na ansia de as entendermos esquecemo-nos de quão simples elas são.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinkayTE8mletOZady6L6Mos5Qz1OGDXzKIe-FImxUQ_dThG9H3dul6GRqqhBk7I5xJvNioNnrOaeci9nImNtlQk7tYy0E3naAVtE8ApvJaMjHFUG2DHP1R17BnS2PkYJWNTcfCgcsGnWoQ/s1600/o+ovinho.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="260" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinkayTE8mletOZady6L6Mos5Qz1OGDXzKIe-FImxUQ_dThG9H3dul6GRqqhBk7I5xJvNioNnrOaeci9nImNtlQk7tYy0E3naAVtE8ApvJaMjHFUG2DHP1R17BnS2PkYJWNTcfCgcsGnWoQ/s320/o+ovinho.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 18px;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 18px;">Em 1998 a Maria nasceu, e no tempo que decorre uma explosão na superfície do sol, fiquei mais perto de ser avô. No entretanto vai-se vivendo a vida na Terra o melhor possível. E, contrariamente ao que seria de esperar é tão fácil passar do melhor possível para o extraordinário. É tão fácil viver a vida de uma maneira harmoniosa de acordo com o que de facto deveria ser a verdade e só não é porque nós humanos somos assim. Aliás a verdade, nos dias que correm é à partida a mentira aceite pela maioria. Talvez seja uma visão fatalista mas não vamos por aí porque não é. A verdade pode ser o que eu quiser, ou o que nós quisermos. A verdade não está escarrapachada para que nós a possamos ver. Não! A verdade está dissimulada algures no conjunto de verdades e mentiras que nos rodeiam. A suspeição tem sido arma de arremesso. Vivemos tempos extraordinários em que tudo é verdade e tudo é mentira. Cabe-nos a nós como seres humanos e pessoas conscientes lermos os sinais do que estamos a presenciar. Não é fácil ao princípio mas depois de se experimentar e começar a praticar um estado mental livre das amarras e âncoras sociais a que estamos submetidos, começamos a ver coisas que pessoalmente me andam a espantar tal é a simplicidade da vida. Estou feliz por estar vivo e a vida me fazer sentido.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">No entretanto, tenho outro filho, o Manuel. Tem dez anos e é um rapaz. Um ser que está a começar lentamente a adquirir a capacidade de produzir doses maciças de testosterona. Gosta de futebol, faz uns truques com o skate, já tem um telemóvel e inscreveu-se no facebook, não obstante saber que está a mentir. Não obstante eu ter-lhe dito que se o fizesse iria entrar num universo paralelo que é mentira, simplesmente porque para entrar teve de mentir. Expliquei-lhe que abrir a porta à intimidade partindo de uma pressuposto que é mentira pode ser arriscado. Pode acarretar consequências graves. Que é preciso estar atento e acordado. A Maria não me tem preocupado, já o Manuel parece que não se importa mesmo. O Manuel come devagar. Tão devagar que é sempre o ultimo, e não se importa. Ele é assim. E eu gosto dele assim. Desatento às coisas, mas muito atento a algumas. E são essas que lhe chamam a atenção que eu adoro entender. Ele está a crescer e é extraordinário vê-lo evoluir. Começou agora pelos pés. Credo, estão a ficar enormes.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Já estive mais longe de ser avô. A minha filha já é uma mulher. A humanidade está de parabéns. Conseguimos. Parabéns… Estou quase a chorar. Estou mesmo! Está feito!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Beijinhos,<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></div>o normal anormalhttp://www.blogger.com/profile/17590934519225789300noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8495756343147032036.post-3511414944541621352011-12-01T06:57:00.000-08:002011-12-01T06:57:55.953-08:00O pastor paciente<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Há tempos e por causa da pretensa crise portuguesa, europeia ou mundial pensei o seguinte e fico abismado com estes pensamentos. Eu nem sei de onde me vêm, mas provavelmente é o resultado do alheamento que por vezes me forço a ter, em relação à sociedade. Uma espécie de retiro, para que possa compreender a sociedade em que coabito de uma maneira mais descomprometida e distante. São pensamentos que até a mim me espantam de tanto sentido que me fazem e de tão simples que são. Neste caso pensei - se todos os países, ou estados (prefiro) da CE ou UE ou já nem sei como é que lhe hei-de chamar mas Europa era giro, ficarem em crise, e quer queiramos aceitar ou não é um facto, deixa de ser crise para passar a ser normal. Do género “Olha lá! Estás em crise?”, ao que o outro responde “Estou. E sabes que mais? Aquele e aquele e aquele também.” Curioso não é?<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Por outro lado os mercados, que não faço a mínima ideia do que isso significa, e as bolsas, que também não faço ideia do que signifique, e a banca, ou os bancos, ou as pessoas que estão à frente desses organismos ou organizações, ou sei lá o que isso seja, parecem uns tolinhos a olhar uns para os outros muito espantados sem saberem bem o que fazer, porque de facto creio que só algumas pessoas no mundo terão o conhecimento e poder suficientes para saber o que se passa. E não é difícil. Basta perguntar a um pastor na Serra da Estrela, por exemplo, ao ser questionado sobre o atual estado das coisas, ele fixa o horizonte recortado pelas montanhas, e sem suspirar sequer responde “Óh!”, e com este simples ó resume numa letra o que é a verdade. Que também é simples e curiosamente não vejo muitas pessoas a falarem disso. O mundo mudou radicalmente e tão rápido que não se consegue mais geri-lo da mesma maneira como tem sido gerido até hoje.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9vtUVyfOscipd8rFEMEFCJCYCFXGAU66SZOSHg1tYk2J4pVQZChTMeBmYa6TP5x-U51Yvq9gCXyCyY4_JrhBMdEY2mQvZDNZC_IAwEw5tk37B826VHX5d9v-OusvHrCN3saM1K9kjVwCB/s1600/O+pastor+paciente.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="235" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9vtUVyfOscipd8rFEMEFCJCYCFXGAU66SZOSHg1tYk2J4pVQZChTMeBmYa6TP5x-U51Yvq9gCXyCyY4_JrhBMdEY2mQvZDNZC_IAwEw5tk37B826VHX5d9v-OusvHrCN3saM1K9kjVwCB/s320/O+pastor+paciente.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px;"><br />
</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">O Duarte Lima por exemplo, é óbvio que entre ser perseguido por um mandato internacional e depois acabar como namorada de três enormes e perigosos homens de ar violentíssimo numa prisão qualquer no Brasil, ele prefere ser preso cá. Compreendo-o tão bem. É uma teoria minha mas eu apostava que ele pensou, pensou, pensou e deve ter voltado a pensar, que uma pessoa na situação dele deve pensar imenso, e preferiu dar-se “à morte” cá para não se dar “à morte” no Brasil. Enfim, calculo que nunca saberemos a verdade ao certo. Já é normal na nossa justiça. Mas a justiça não é o que estamos a ver nos órgãos de informação. Não! A justiça tem pessoas altamente profissionais e competentes mas também tem os Marinho e os Duarte. É assim. Temos mesmo de ter paciência e acima de tudo continuar a pressionar e mais, temos de apoiar as pessoas de bem, para que elas percebam que não precisam de ter receio. Nós (as pessoas normais) estamos do lado da justiça. E os honestos que trabalham nela têm mesmo de sentir que não estão sós. Acho que é mais por aí, mas adiante.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">A Alemanha parece que também já pediu ajuda financeira. A França para lá caminha se é que ainda não caminhou já, que isto está a acontecer a uma velocidade tal que, ou me sento à frente e sigo as noticias passo a passo, ou de cada vez que acordo o mundo está diferente, credo. Nunca mais ouvi falar do Carlos Cruz, ou do Dinis. Ao que parece andam por aí. O Mexia continua a gerir a EDP como quer, ou como ele gosta de dizer, de acordo com o que os acionistas gostam - que resposta extraordinária. Hoje está sol e entramos em Dezembro. Algo se passa com o tempo. É estranho. Tenho de me ir adaptando às circunstâncias tal como os meus filhos o fazem tão naturalmente.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">O meu filho com dez anos perguntou-me há dias “Ó pai. Para que é que serve o Presidente?” e eu respondi o melhor que me ocorreu “Para nada”. Talvez esteja errado mas tentei ser o mais honesto possível dadas as circunstancias.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Beijinhos,<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></div>o normal anormalhttp://www.blogger.com/profile/17590934519225789300noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8495756343147032036.post-37984925469868107372011-11-10T06:53:00.000-08:002011-11-18T13:03:49.349-08:00O apalpanço<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Há tempos, recebi na Estónia, Tallin (fica lá para cima, ao pé da Finlândia, da Noruega e da Suécia), e por ocasião de um suposto concurso europeu de design e em representação de Portugal, o segundo prémio e mais uma menção honrosa por causa do projeto ricoxete.com e das almofadas de caroços de cereja que são fabricadas em estabelecimentos prisionais. Para além do reconhecimento público no evento ainda me ofereceram um Ipod Nano. Bolas! Ainda não tinha um desses extraordinários objectos tão cobiçados a julgar pelo que vou vendo na televisão. Aquilo é impressionante. As pessoas fazem fila e até vão dormir para as portas dos estabelecimentos onde se comercializam essas máquinas tão apelativas. Confesso que depois do primeiro impacto, o programa das ditas máquinas é muito intuitivo e feito de acordo com uma lógica bastante simples, se compararmos com outras máquinas similares. Mas chega-se lá. Umas horas de volta do meu presente, mais um programa específico descarregado da internet, pois senão aquilo não funciona e eis que tenho na cabeceira da minha cama - música que, se a ouvisse de seguida, nem me levantava da cama durante duas semanas a fio.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Ora bem. Deixa cá ver. É que nem foi há muito tempo assim. O meu filho Manuel tem dez anos e eu com essa idade, se queria ouvir música, ligava o rádio que tinha um gira-discos incorporado, colocava o disco que queria ouvir (A Menina do Mar, por exemplo) e ficava ali a escutar com muita atenção. Mais tarde havia uns de nós que a custo dos pais terem mais possibilidades financeiras, já tinham umas aparelhagens sofisticadas que davam um som bestial e alto, às vezes muito alto. Nessa altura já o 25 de Abril se tinha dado e eu comecei a namorar. Já havia calças de ganga e Coca-cola. Também havia uns pirolitos – uma gasosa que depois de bebida dava direito a um berlinde colorido. E as festas em casa uns dos outros, ou nas garagens, ou por vezes nos locais mais estranhos mas que eram o que se arranjava. E claro a música sempre a acompanhar. Apareciam uns amigos que tinham muitos discos e eram esses que punham a música. Às vezes ele tinha de ir fazer xixi ou outra coisa qualquer e nós ficávamos a substitui-lo. Era um momento relativamente importante pois quem punha a música era imprescindível para que pudéssemos dançar com aquela que nos fazia sentir mais zonzo. Aquilo era horas de beijocas e apalpanços que o meu filho talvez passe pelo mesmo, mas duvido. Há de passar por outra coisa qualquer, mas assim não.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggQ0LniJvjWLeRYtUEgG-u6l3Ymejj8dOU2TibrqM6dQganDkPpg65tJIFZaxsVqiqv1BR8GGxki9jBk07U2gu2LctZJS_Rkt99mon7o81tDeRhdZ2jTvzV68Tcp2nDPCcizniwT5O0ziF/s1600/O+apalpan%25C3%25A7o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span class="Apple-style-span" style="color: black;"><img border="0" height="217" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggQ0LniJvjWLeRYtUEgG-u6l3Ymejj8dOU2TibrqM6dQganDkPpg65tJIFZaxsVqiqv1BR8GGxki9jBk07U2gu2LctZJS_Rkt99mon7o81tDeRhdZ2jTvzV68Tcp2nDPCcizniwT5O0ziF/s320/O+apalpan%25C3%25A7o.jpg" width="320" /></span></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 18px;">Depois começaram a aparecer rádios novas, discotecas, bares, programas na televisão exclusivamente subordinados ao tema da música. A música portuguesa ganha novo folgo e eu gravo cassetes piratas, compro discos de vinil e coleciono namoradas. Aliás, tive uma namorada dos Pink Floyd, outra dos Jáfumega, outra do Ian Gillan, outra dos Xutos, e outras. Agora que penso nisso, não deixa de ser curioso. Podia escrever a história da minha vida através da música que ouvi. Pois há tempos peguei nos meus discos de vinil todos e fui oferecê-los às pessoas que trabalham na rádio Marginal. Tinha aquela caixa enorme lá por casa e pensei "Ó! Farto-me de ouvir a rádio destes tipos e já não vou ouvir aqueles discos outra vez. Eles que fiquem com aquilo que o mais provável é adorarem." Eu cá adorei ver-me livre daquilo, credo! Eles nem imaginam. Foi o dois em um, eles ficaram todos contentes mas eu também.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Entretanto e hoje, enquanto estou aqui a escrever este textito tenho música neste computador, na rede global, na pen, no Ipod, no leitor de cd, na televisão, no telemóvel, no rádio do carro. Quando os meus filhos vêm no fim de semana ainda tenho mais música disponível pois eles têm a música que gostam gravada no telemóvel deles. Eu até fico maluco! Isto já é música a mais. A sério! E para cada máquina existe uma instrução parecida mas diferente. É uma trapalhada que se pode tentar ir acompanhando mas mal nos adaptamos a uma aparece logo outra. Isto é lindo. Faz lembrar as baratas quando se acende a luz – correm que nem umas loucas e vai cada uma para seu lado. É assim que às vezes me sinto.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 18px;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 18px;">Bolas!... Agora é que havia de haver as tais festas do apalpanço!</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Beijinhos,<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></div>o normal anormalhttp://www.blogger.com/profile/17590934519225789300noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8495756343147032036.post-16678374950528076672011-10-27T11:26:00.000-07:002011-10-27T11:29:35.922-07:00Eu penso, logo tenho de ter cuidado<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Há tempos, ocorreu-me escrever três letrinhas no motor de busca da Google. Fiquei pasmado. A EDP apoia várias fundações, instituições, clubes, eventos, cultura, desporto… até me deu para procurar um clube do berlinde da EDP. A sério! Sabias que só o clube EDP tem 20.000 sócios? Não fazia a mínima ideia. Depois, e eu tenho esta terrível mania que me desgasta e consome, pus-me a pensar. Eu devia deixar de pensar. Não é compatível com o momento actual. O melhor de facto é não pensarmos pela própria cabeça e deixarmo-nos levar pela onda. Garanto-vos que quando se começa a pensar sente-se uma espécie de confusão mental, pois tudo o que nos foi dito e afirmado não bate certo com o que se começa a entender quando se começa de facto a pensar. Aliás, depois de se pensar, se começamos a falar somos relativamente ostracizados na medida em que existe um receio profundo de que quando se dizem coisas que se pensam sem qualquer receio, até os amigos nos avisam para ter cuidado. É curioso…<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-h3bK_7_q7IpFRHcjj2mrJUarLv2sFqwzzxElivNEgyk390NRnXw2kf7eVCX4g3JPafVSNpHNzSFRYofOLZibeH4UfybTUdXPNWs6spWhiBTOon4aivmmOFtdXc-Q1WldDJKT0uwyr46C/s1600/Eu+penso%252C+logo+tenho+de+ter+cuidado.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="227" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-h3bK_7_q7IpFRHcjj2mrJUarLv2sFqwzzxElivNEgyk390NRnXw2kf7eVCX4g3JPafVSNpHNzSFRYofOLZibeH4UfybTUdXPNWs6spWhiBTOon4aivmmOFtdXc-Q1WldDJKT0uwyr46C/s320/Eu+penso%252C+logo+tenho+de+ter+cuidado.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px;"><br />
</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Fico muito irritado sabes? Com a injustiça. E tenho esta mania de observar as injustiças de uma maneira muito abrangente. A electricidade por exemplo. Não deveria servir os interesses de uns mas de todos. É que se não houver electricidade morres mais depressa do que se não houver água, por exemplo. Sabias? E a electricidade deveria ser gerida de modo a optimizar o desempenho de um país, em vez de ser um meio para obter lucros ilícitos a coberto de engenharias financeiras e legais que permitem que pessoas como o Mexia e os accionistas que o apoiam, obtenham lucros disparatados. Se é um bom gestor deve receber um bom salário e pronto. Algo razoável. Se um jogador de futebol ganha muito, ninguém tem nada a ver com isso. Mas a pessoa que gere a electricidade não. Independentemente de ter ou não ter uma participação do estado. Isso não interessa. Isso é só para distrair. O importante é que se a electricidade falha na Maternidade Alfredo da Costa por exemplo, é perigoso logo no imediato e, como te referi há pouco, a água falhar é menos perigoso, compreendes? Isso é maldade e injustiça pois está a coberto de outras pessoas que estão colocadas em outros organismos que detêm poder para isso. E fomos nós que nos deixámos enganar, creio. Quero acreditar que fomos e estamos a ser muito bem enganados, o que é muito triste pois ao fim e ao cabo, quem nos está a enganar, são portugueses, europeus ou seres humanos como tu e eu. Mas são pessoas más. E eu não compreendo tanta maldade em alguém como o Mexia por exemplo. É impossível que ele não saiba e compreenda que o que está a fazer é horrível. Está a enganar sistematicamente as pessoas. É feio. Mas se há mais exemplos? Oh! Tantos. Mas sem electricidade não há Facebook, topas?<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Talvez já me tenhas visto vociferar contra o Carlos Cruz, por exemplo. Ainda hoje fico na dúvida se ele foi ou não molestador de crianças. É triste não termos na nossa democracia ferramentas que nos garantam que a justiça funciona. Que nos proteja de uma engenharia financeira altamente sofisticada, com ligações tão obscuras que só com muito empenho, conhecimento e determinação se conseguem detectar. Estamos a viver tempos complexos. Não porque apareceram agora. Mas sim porque os próprios órgãos de informação manipulados por essas forças do mal (chamemos-lhes assim que dá mais ideia de filme de ficção científica) estão a ser confrontadas em todo o mundo por algo para o qual não estavam preparadas – a verdade. O mundo está a mudar… e ninguém imagina para onde. É lindo!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;">Beijinhos,<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></div>o normal anormalhttp://www.blogger.com/profile/17590934519225789300noreply@blogger.com1